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Cruzeiro e os sete erros: o que se deve evitar para ter mais chances de acesso

Clube e novo treinador têm um caminho que não devem seguir para manter o sonho da Série A vivo na temporada 2021

03/02/2021 às 08h50
Por: Redação Fonte: Mega cidade com Otempo
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O técnico Felipe Conceição já começou seu trabalho a frente do Cruzeiro para a temporada 2021. Diariamente, o treinador conversa com a direção e responsáveis pelo futebol do clube para ajustar e dar sequência ao planejamento para o ano da Raposa.

Com o trabalho iniciado, Felipe Conceição e o Cruzeiro não podem errar, já que os jogos oficiais do ano se iniciam em menos de um mês (o clube estreia no Mineiro, dia 28 de fevereiro, contra o Uberlândia). A margem para erros é a mínima possível para que a equipe consiga o maior objetivo da temporada, no segundo semestre: o acesso para a Série A do Brasileiro em 2022.

A reportagem do Super.FC elencou os sete erros cometidos pela Raposa durante a temporada que passou e que Felipe Conceição juntamente com a diretoria, deverão passar longe se quiser almeja coisas maiores:

Planejamento

O clube pecou na preparação para a temporada. Membros do conselho gestor não queriam que Adilson Batista iniciasse a temporada como treinador. A poucos dias da estreia do Mineiro 2020, o elenco não tinha sequer dois times completos para fazerem o treinamento coletivo.

O grupo principal foi formado com atletas da base, que subiram sem nenhum critério e para ocupar vaga na equipe reserva.

Um exemplo da falta de planejamento foi a contratação do zagueiro Ramon, que chegou para treinar, deixou o clube, e depois voltou a se integrado.

Mudanças de direção

O clube viveu dias de indefinições quanto à quem comandava o Cruzeiro. Duas eleições para a presidência aconteceram ao longo de 2020. A Raposa iniciou o ano com um grupo, denominado de ‘conselho de notáveis’, que tomou algumas decisões, porém, que tinha poder limitado até a primeira eleição.

A entrada de Sérgio Santos Rodrigues centralizou o poder e as decisões no clube, porém, até lá, o Cruzeiro perdeu seis pontos por conta de dívida não paga via Fifa, e teve o contrato com a fornecedora de material esportivo quase rescindido.

Mudanças de comando do time profissional

As trocas de treinadores ao longo da temporada foram constantes. O clube teve quatro técnicos em 2020. Adilson Batista, Enderson Moreira, Ney Franco e Luiz Felipe Scolari tentaram implantar suas diferentes filosofias e pouco conseguiram. O último apenas cumpriu com o objetivo de não deixar o time ser rebaixado para a Série C do Brasileiro.

Mudanças do comando do futebol

Além do comando técnico, o clube também trocou o comando de futebol em mais de uma ocasião. O clube iniciou a temporada com Ocimar Bolicenho. Com a campanha ruim no Mineiro, o clube optou por Ricardo Drubsky, que comandava a base.

Mais tarde, Deivid assumiu o comando do futebol cruzeirense, com a chegada de Sérgio Santos Rodrigues. Posteriormente, André Mazzuco assumiu o posto, cargo que ocupa atualmente.

Avaliação errada em contratações

O clube abusou dos erros em apostar em atletas que não renderam o esperado. Jogadores como Régis, João Lucas, Jhonata Robert, Everton Felipe, Jean, Marcelo Moreno, Arthur Caíke, Marquinhos Gabriel, Sassá, Jadson, Patrick Brey, Henrique, Giovanni, Claudinho e Roberson foram contratados ou reintegrados para buscar o acesso à Série A, mas pouco ou nada acrescentaram.

Desequilíbrio financeiro

Os atrasos salariais pesaram ao longo do ano. E neste início de 2021, o clube ainda vive uma situação delicada, com vencimentos atrasados a funcionários e atletas. Apesar de ter feito acordo com um grupo de jogadores que ganham mais do que o teto salarial proposto, as diferenças de valores foram parceladas e serão pagas a partir de maio.

Um clube que vive com constantes atrasos salariais dificilmente mantém um ambiente tranquilo para desenvolver o trabalho. A temporada 2019, que culminou com o rebaixamento inédito, foi prova disso.

Montagem de elenco

A montagem de elenco esteve ligada a dois problemas no clube: avaliação errada em contratações e mudanças do comando do futebol.

A cada treinador que chegava, houve um pedido de contratações. Além disso, o clube se mostrou desorganizado nesta questão, já que contratou Giovanni Piccolomo e Matheus Índio, porém, não podia inscrevê-los por causa de impedimento na Fifa decorrente de dívida.

Giovanni foi aproveitado por Felipão, que não havia indicado o jogador, porém Matheus Índio deixou o clube sem nem sequer ter atuado.

Fato parecido aconteceu com Zé Eduardo, atacante que pertence ao Cruzeiro, mas que estava emprestado ao América-RN. O jogador deixou o clube potiguar a pedido da Raposa e se juntou ao grupo celeste. Porém, entrou em campo por 20 minutos, sob o comando de Ney Franco. Felipão não utilizou o jogador. Zé Eduardo move ação contra o clube por conta de salários atrasados.

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