Sete Lagoas, cidade localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está em alerta quanto ao risco de uma epidemia de dengue. Isso porque o primeiro levantamento do ano do LIRAa, índice que mede o grau de infestação predial de Aedes aegypti, apresentou resultados preocupantes.
A amostragem, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde por meio do Centro de Controle das Arboviroses, revela que o índice geral do município está em 4%, o que representa a presença de larvas do mosquito em quatro de cada 100 imóveis visitados.
O levantamento também apresenta em alguns bairros índices de infestação acima de 5%, onde a situação é considerada muito crítica. “É o mesmo cenário do ano passado. Mais de 90% dos criadouros do mosquito foram encontrados dentro dos domicílios, principalmente os inservíveis, lixo, recicláveis, bebedouros de animais, vasos e pratos de plantas, tambores e reservatórios de água localizados ao nível do solo, pneus, ralos, calhas, caixa de passagem e nas bromélias”, esclarece o gerente do Controle da Dengue no município, Adriano Marcos.
Os bairros com maior índice de infestação são Jardim Primavera, Verde Vale, Boa Vista, Santa Luzia, Nossa Senhora das Graças, Papavento, Vapabuçu, Montreal, Emília, Vila Brasil, Santa Felicidade, Barreiro de Cima, Ondina Vasconcelos de Oliveira, Bela Vista, Bela Vista III, Jardim dos Pequis, Industrial, CDI, Nova Cidade, Jardim Arizona, Alvorada e JK.
Em 2020 foram notificados 4.346 casos de dengue, sendo 1.178 casos confirmados e 3.168 descartados. Foram notificados 40 casos suspeitos de zika vírus: sete casos em gestantes e 33 casos na população em geral, mas todos descartados. Houve ainda seis notificações de chikungunya, sendo dois casos confirmados e quatro descartados.
Somente nos primeiros dias deste ano 21 casos notificados da dengue foram notificados. “Essas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são graves e, por isso, é preciso que o cidadão fique atento e evite os focos de água parada na sua residência. Converse também com vizinhos, parentes e convença-os a fazer o mesmo”, explica Adriano Marcos.
O período chuvoso é quando o mosquito transmissor encontra as melhores condições para se reproduzir, por ser a época mais propicia ao acumulo de água parada.
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Dicas para manter o Aedes aegypti bem longe
• Mantenha os tambores sempre tampados, é um dos criadouros onde o foco do mosquito é mais encontrado em nosso município;
• Retire os pratinhos dos vasos de plantas ou coloque areia neles e não deixe que água se acumule nas folhas das plantas;
• Lave as vasilhas de água dos seus animais domésticos semanalmente com água, bucha e sabão;
• Verifique se há algum ralo entupido ou caixa de passagem na casa e mantenha todos fechados quando estiverem fora de uso;
• Retire as folhas e outros tipos de sujeira que impeçam o fluxo da água nas calhas;
• Mantenha a caixa d’água sempre limpa e tampada;
• Guarde as garrafas e baldes vazios de cabeça para baixo, galões, tonéis e latas devem ser mantidos vedados;
• Pneus devem ser guardados em locais cobertos, onde não fiquem expostos a chuva;
• Limpe sempre as bandejas de geladeira, do umidificador e do ar-condicionado, retirando a água acumulada;
• Se você tem piscina em casa, limpe-a semanalmente e aplique cloro;
• Evite acumular lixo e entulho no quintal, feche bem os sacos na hora do descarte e mantenha a lixeira tampada;
• Puxe com rodo qualquer poça d’água acumulada sobre lajes sem telhado.