Os pontos vulneráveis para a exploração sexual infantil nas rodovias federais que cortam Minas Gerais tiveram aumento de 90% nos últimos dois anos. Atualmente, o Estado tem 351 locais mapeados onde crianças e adolescentes se arriscam vendendo sexo. Entre 2017 e 2018, esse número era de 184.
O crescimento assustador colocou o território mineiro como o segundo pior no ranking nacional. Hoje, o Estado fica atrás apenas do Paraná, que tem 388 locais propícios para o crime. O levantamento é da ONG Childhood Brasil, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A corporação em Minas não comentou os dados.
No Brasil, 3.651 pontos vulneráveis para ocorrência do crime foram levantados no biênio 2019/2020. No estudo anterior eram 2.487, o que representa aumento de 47%. A BR-116 é a rodovia federal com o maior número de pontos críticos, mesmo com uma diminuição de 30% em relação ao biênio anterior. Na sequência aparecem as rodovias 101, 153, 010 e 040.
A pandemia da Covid-19 não foi citada no relatório, que classifica os locais de risco como baixo, médio, alto e crítico. O Nordeste lidera números de pontos vulneráveis, com 1.079 trechos; no Sul são 896 áreas e, no Sudeste, 710.
Locais de risco
O levantamento indicou, também, que 60,5% dos pontos vulneráveis para exploração sexual de menores estão nas áreas urbanas. Os postos de combustíveis (1.607) são os principais locais de risco. Os bares (512), pontos de alimentação (447), casas de show (278) e pontos de hospedagem (250) aparecem na sequência.
O relatório completo pode ser consultado aqui.
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