Após reunião do Comitê de Enfrentamento da Covid-19 em Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira, ficou decidido que apenas serviços essenciais poderão funcionar na capital mineira a partir de segunda-feira.
Decreto que será publicado na próxima sexta-feira vai detalhar as regras a serem adotadas para conter a transmissão da Covid-19 em Belo Horizonte. Apenas praças públicas e o Zoológico poderão continuar, além dos serviços essenciais.
A medida foi adotada após alta da transmissão do coronavírus nos últimos dias. A ocupação de leitos de UTI para Covid-19 atingiu patamar recorde, de 86,1%. No primeiro dia de dezembro de 2020, o nível do indicador estava em 39,1%, patamar verde, de mais baixo risco.
Além disso, a transmissão do coronavírus voltou a atingir patamar amarelo do termômetro da Covid-19 elaborado pela Prefeitura de BH após as festas de fim de ano e o retorno de muitos belo-horizontinos de praias lotadas na última quinzena de dezembro.
Isolamento social
Belo Horizonte foi a primeira capital do Brasil a fechar o comércio, em 18 de março de 2020, para conter a Covid-19. Depois de 135 dias fechada, a capital foi reaberta parcialmente a partir de 31 de julho do ano passado, quando o prefeito começou a editar decretos que permitiram setores do comércio a voltarem gradualmente.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito de BH Alexandre Kalil confirmou o fechamento, e disse que Belo Horizonte "chegou ao limite".
"Eu vim comunicar hoje (..) que sexta-feira o decreto vai ser publicado e segunda-feira a cidade está fechada", afirmou Kalil.
O prefeito pediu "desculpas" à população, e disse não ter alternativa. "Eu mais uma vez peço desculpa, mas não tive outra alternativa. Não vamos fazer de Belo Horizonte um pandemonio porque nós estamos a dias da vacina e do fim dessa tragédia", declarou.
Conforme ele, apenas funcionarão praças públicas, o zoológico com sistema de agendamento de visitas e o serviço essencial. "Que Deus no dê mais um pouco de paciência para essa tragédia", concluiu.
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