Dizem que nem todo herói usa capa. Isso pode ser exemplificado com a história do Homem de Ferro, que usa armaduras tecnológicas para combater o crime e faz sucesso nas telas dos cinemas, nos desenhos animados ou nas revistas em quadrinhos.
Além disso, existem outros heróis que não têm roupas especiais e também não combatem o crime. O que traz o reconhecimento para essas pessoas é o bem que elas fazem às outras. Um belo exemplo disso aconteceu em Sete Lagoas e vem ganhando as redes sociais através de um vídeo compartilhado quase seis mil vezes.
O vídeo mostra o jovem Vanclever Machado Vila Nova dos Santos, o Pepi, de 13 anos, recebendo um presente das mãos do engenheiro mecatrônico Thiago Jucá. O garoto, que nasceu sem uma parte do braço direito, não conseguia esconder a alegria e a empolgação ao receber a prótese tão esperada.
De acordo com o Thiago, toda essa história começou quando ele participava de um evento em que ele apresentava o trabalho que realiza. Interessado, um amigo do garoto viu e apresentou a história de Pepi para o engenheiro, conquistando o interesse do mesmo.
Morador da cidade de São Paulo, Thiago desenvolveu a prótese com base em fotografias do garoto. Com o auxílio das tecnologias da indústria 4.0 e impressoras 3D, ele criou a “mão biônica” como uma experimentação, pois está se ingressando agora neste mercado.
Com o projeto pronto e funcionando, chegou a hora da entrega. Foi a primeira vez que ele conheceu o garoto pessoalmente. Emocionado, a reação de Thiago foi registrada no vídeo. “Acredito que o pouco de bom que puder a gente tem que fazer. É um grande prazer”, declarou.
Thiago ainda conta que gosta muito de tecnologia e estudou para aprimorar essa paixão. Ele, que já morou em diversos países, residiu por um tempo em Angola e observou que havia muitos casos de pessoas amputadas. “Eu vi que tinha a capacidade de poder ajudar e isso me traz muita alegria. O caso do Pepi foi a oportunidade de colocar em prática”, relata.
Apesar de não ser muito adepto das redes sociais, Thiago compartilhou o vídeo com o intuito de divulgar o seu trabalho e a ideia deu certo. “Meu telefone não para de tocar. Já recebi diversos pedidos para a fabricação de outras próteses. Isso está sendo um divisor de águas na minha vida”, conta.
Responsável por uma pequena empresa de tecnologias, Thiago já planeja a mudança do nome para melhor atender a demanda que está surgindo. Para o Pepi, a imaginação nas brincadeiras do Homem de Ferro se torna uma realidade e um motivo de felicidade sem tamanho.
Mín. 14° Máx. 26°