Em reunião com governadores e secretários de Saúde estaduais nesta terça-feira (8), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que vacinas só devem ser registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dois meses depois de enviarem os resultados das pesquisas. Assim, o aval da agência para a aplicação das doses no Brasil deve ser finalizado em fevereiro, se não houver erros nas conclusões.
"Se isso acontecer, o registro efetivo da AstraZeneca será no final de fevereiro. mesmo que tenham chegado 15 milhões de doses em janeiro", disse o ministro. O acordo do Brasil com a empresa prevê recebimento de 100 milhões de doses do imunizante até junho de 2021, sendo 15 milhões de unidades por mês, a partir de janeiro. No segundo semestre, a Fiocruz passaria a produzir a vacina nacionalmente, chegando a outras 160 milhões de doses.
O ministro afirmou que o Brasil contará com 300 milhões de doses de imunizantes até o final de 2021. A conta inclui as 260 milhões da opção da AstraZeneca e outras 40 milhões previstas no consórcio internacional Covax Facility, que garante 40 milhões de unidades de diversas vacinas ao país. Como elas pedem duas doses por pessoa, 150 milhões de brasileiros poderiam ser vacinados no próximo ano com as unidades contabilizadas.
Pazuello não incluiu a CoronaVac na conta, porém não descartou que o Ministério da Saúde possa adquiri-la. Ele ressaltou que será necessário o mesmo tempo para aprová-la na Anvisa do que o necessário para aprovação da opção da AstraZeneca. Além dessas opções, Pazuello confirmou a negociação de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer, que começou a ser aplicada hoje no Reino Unido. Ele prevê que 8,5 milhões chegarão ao Brasil no primeiro semestre, o que garantiria imunização de cerca de 4 milhões de cidadãos.
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