Mais de 550 passes trocados (quase 200 a mais que o adversário), 52% de posse de bola, 23 cruzamentos na área do Grêmio*. Quem analisar rapidamente as estatísticas do jogo dessa quarta-feira no Mineirão se espantaria com a derrota do Cruzeiro por 2 a 0 na ida da semifinal da Copa do Brasil.
Apesar de ter a bola consigo por mais tempo, a equipe mineira não conseguiu impor o ritmo de jogo e foi dominada taticamente pelos comandados de Renato Gaúcho. A tentativa de troca de passes do Cruzeiro, no entanto, não resultou em jogadas de perigo. Foram apenas cinco finalizações da equipe mandante - nenhuma delas em direção ao gol defendido por Marcelo Grohe.
Defensivamente, a equipe se mostrou combativa. Foram 21 desarmes contra apenas 13 do Grêmio. No entanto, foi o time gaúcho que se mostrou mais eficaz na marcação. Com linhas compactas, cometeu apenas dez faltas e anulou as principais armas ofensivas do Cruzeiro para sair ilesa da partida.
No ataque, o Grêmio foi mortal. Finalizou sete vezes - três delas no alvo. Enquanto o Cruzeiro tocou mais vezes na bola, a equipe gaúcha foi efetiva. Na jogada do primeiro gol, marcado por Luan, o time visitante trocou passes ininterruptamente por 59 segundos na intermediária rival. Douglas fechou o placar após jogada característica da “era Roger”: rápida transição ofensiva que deixa os jogadores de ataque no mano a mano com adversários.
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