Os 600 estudantes do Colégio Militar de Belo Horizonte retomaram as aulas presenciais nesta sexta-feira (2). O retorno ocorreu após uma batalha judicial travada entre a instituição, o sindicato que representa os professores e o Ministério Público Federal (MPF).
Essa é a segunda vez que os alunos são convocados para as atividades presenciais em menos de 15 dias. No dia 21, o Colégio Militar reiniciou as aulas dentro do educandário mas, no mesmo dia, a Justiça revogou a autorização.
No total, foram cinco ordens judiciais autorizando e proibindo o retorno. A última decisão, contudo, permite a volta dos estudantes para as salas de aulas.
A prefeitura de BH, que tenta impedir o retorno das aulas presenciais por causa da elevada taxa de transmissão da Covid-19, informou que "está estudando o caso para decidir que providências irá tomar".
Segurança
Enfermeira e professora da UFMG, Elisângela Dittz, de 45 anos, avalia que o retorno tem que ser criterioso e garantindo a segurança dos estudantes, funcionários e das famílias. Mãe de um menino de 15 anos que estuda da instituição, ela acredita que o colégio tem estrutura para impedir o contágio da Covid-19.
"Lá está atendendo ao que se espera para o retorno das aulas. Em algum momento isso precisa acontecer. Mas, o que acontece em uma escola, não necessariamente é possível em outra. Tem que ter uma avaliação criteriosa, levando em consideração o perfil dos alunos, a idade e a infraestrutura da própria escola. Ninguém pode se sentir inseguro", declarou.
Escalonamento
Neste primeiro momento, somente os alunos do 8º e 9º anos do ensino Fundamental e os estudantes do ensino médio retornaram. Os matriculados nos 6º e 7º anos seguem afastados.
Para evitar aglomeração e permitir o distanciamento, as aulas serão escalonadas. Às segundas, quartas e sextas-feiras, apenas os jovens dos 1º, 2º e 3º ano do Médio. Às terças e quintas será a vez do Fundamental.
A presença dos estudantes é obrigatória. Somente os que comprovem integrar o grupo de risco poderão continuar com o ensino remoto. "Quem não estiver no colégio e não for do grupo de risco terá sua falta computada", determinou a direção da instituição.
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