Os produtores de cervejas artesanais de Minas preveem que somente daqui a um ano o setor se recupere das perdas causadas pelo caso Backer e, principalmente, pela pandemia causada pelo novo coronavírus. O segmento mineiro é o terceiro maior do país, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul e São Paulo.
Antes da crise causada pela covid havia 86 fábricas no estado, com 2.300 funcionários, produção de 900 mil litros por mês e faturamento de R$10 milhões mensalmente. Nos últimos meses, com o fechamento de bares e restaurantes, o faturamento do setor caiu 90% e 20% dos funcionários foram demitidos. Além disso 30% das fábricas devem fechar as portas.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Cervejas e Bebidas em Geral de Minas, Marcos Falconi, os estabelecimentos precisaram reaprender a trabalhar para se adaptar ao momento.
“O funcionamento antes era convencional, as pessoas iam ao balcão, sentavam, aglomeravam nas mesas e hoje há uma série de protocolos a serem seguidos. Por exemplo, o bar da Falke, só permite quatro pessoas por mesa, as mesas com distanciamento de 2 metros uma da outra, sem a possibilidade da pessoa ir ao balcão. Nós criamos um QR Code onde a pessoa, através do aplicativo, faz o pedido sem levantar da mesa. Isso tudo gerou uma série de procedimentos, o bar foi todo sinalizado, foi feito o distanciamento para fila de banheiro, todos os pontos no bar com a presença de álcool gel, controle de entrada com medição de temperatura da pessoa e nós vamos nos adaptar porque a tendência é que a gente continue com todos esses critérios.”
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