Um protocolo e retorno das aulas presenciais em Minas pode ser definido nos próximos dias. A expectativa do governo estadual é de que as escolas estejam preparadas para retornar às atividades ainda este ano e antes da chegada de uma vacina contra o coronavírus. O tema divide a opinião de entidades que representam pais da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O presidente da Associação e Pais de aluno da Grande de BH, Marcelo Araújo é contra. “A gente imagina que os protocolos não foram discutidos com os pais, principalmente no que diz respeito às escolas particulares. Entendemos que os pais são quem financiam todo esse sistema de ensino”, diz.
Ele cobra maior participação dos pais na formação dos protocolos. “Sem a participação deles é impossível que se possa criar um protocolo que seja praticável. O risco que a gente corre é de que os protocolos sejam ineficazes e ineficientes”.
Ainda conforme Araújo, “caso o poder público insista ou ceda à pressão”, a associação “já está autorizada a tomar as medidas administrativas e judiciais” para fazer com que a decisão de retorno presencial seja revertida.
Opinião contrária possui a idealizadora do movimento Pais Pela Educação de BH, Sheila Avelar. “Pais e mães estão muito preocupados com o isolamento social das crianças, que estão há mais de seis meses em casa, sem interação. Isso já está afetando a saúde mental e psicológica das crianças”, diz.
“Estamos preocupados com a demora desse retorno. Agora chegou a vez da escola. Assim como tem pais com insegurança, existem vários outros pais desesperados pelo retorno”, analisa.
Ainda de acordo com Avelar, “existe apoio das famílias para voltar e os protocolos que as autoridades desenvolveram tem total segurança de seguir”.
No próximo domingo (20), o movimento Pais Pela Educação de BH realizará ato às 10h, na Praça da Liberdade. Os participantes são orientados a usar blusa branca e máscara para “demostrar que estão prontos para o retorno”.
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