A derrota para o Fluminense por 4 a 2, em jogo válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, rendeu duras críticas ao setor defensivo do Atlético. De lá para cá, o time cresceu no setor e só levou três gols em cinco partidas realizadas. Contando com dois duelos pela Copa do Brasil, as redes alvinegras foram balançadas cinco vezes em sete confrontos.
Para Marcelo Oliveira, isso faz parte do crescimento do equilíbrio do time atleticano. Segundo melhor ataque do Campeonato Brasileiro, a equipe tem apenas a 12ª melhor defesa da competição. O técnico atleticano exaltou o maior comprometimento do time com o setor defensivo, mas sem abdicar da maior característica da equipe.
“Foram bons esses últimos jogos. Criou uma nova expectativa. Continuamos sendo um time que cria muito, faz gols, segundo melhor ataque do campeonato. E agora não estamos levando. Isso é importante no futebol. Não só atacar e não só defender. Todo mundo precisa participar da marcação, para roubar a bola. E quando tem a bola, tem que agredir sempre, porque isso é uma característica da história do Atlético, e também minha como treinador. Tivemos grandes ataques tanto no Coritiba quanto no Cruzeiro. É isso que a gente quer. Um equilíbrio maior. Isso depende muito de frequência de escalação do mesmo time, coisa que tem sido muito difícil nos últimos tempos”, disse Marcelo.
Para ele, os números ruins do Atlético passam pelas mudanças da defesa alvinegra neste ano. Foram várias duplas em campo nesta temporada, o que justifica a falta de entrosamento no setor e, consequentemente, o grande número de gols sofridos durante o ano.
“As várias formações na defesa atrapalhou muito. No Brasil, os times são 'destreinados'. Não se treina por causa do número de jogos. O que vai levar o time a ter um entrosamento maior é a repetição das escalações. Quando você tem que trocar muito e não tem tempo de treinar, esse time vai pecar um pouco”, completou.
Para o zagueiro Gabriel, a compactação maior do time, que está jogando mais junto em campo, tem sido fundamental para o melhor rendimento da defesa nas últimas partidas.
“Desde o início do trabalho do Marcelo a gente está procurando esse equilíbrio. Esse equilíbrio está acontecendo agora, nosso time está mais compactado, estamos jogando mais próximos. A bola chega mais quebrada em nossa defesa. A gente está muito bem juntos agora. Isso está fazendo a diferença. O time está muito bem agrupado”, concluiu.
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