Com uma alta de 2,9% no número de notificações de casos suspeitos de Covid, Sete Lagoas tem agora 1.327 casos em investigação, 3.152 pessoas que apresentaram sintomas gripais e foram testadas tiveram resultado negativo e outras 1.629 que passaram pelo monitoramento já foram liberadas.
O número de casos positivos subiu 2,5% e hoje são 859, com a confirmação de mais 21 pessoas, 11 mulheres e dez homens. Entre os casos confirmados, são 13 óbitos, 160 pessoas se recuperando em isolamento domiciliar e 669, ou seja, 77% dos infectados, já curados. Há 17 pacientes hospitalizados de Sete Lagoas positivados para Covid-19.
Hospitalizados
No total, são 42 pacientes internados em Sete Lagoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave, sendo 27 em enfermaria e 15 em leitos de UTI, o que corresponde a 34% da taxa de leitos disponíveis na cidade para pacientes com Covid.
Dos 15 pacientes em leitos de UTI, são dez de Sete Lagoas, três de Paraopeba, um de Abaeté e um de Cordisburgo. Há quatro pacientes na ala Covid do Hospital Municipal (dois em UTI), 31 no Hospital Nossa Senhora das Graças (nove em UTI), quatro no Hospital da Unimed (todos em UTI) e três na UPA 24 Horas, em enfermaria.
Entre os 42 hospitalizados, 29 já testaram positivo para Covid, sendo 17 de Sete Lagoas e os demais, de outras cidades da região. Cinco pacientes já tiveram resultado negativo para Covid e outros oito aguardam a conclusão dos exames.
Novo Minas Consciente
O Governo de Minas atualizou, nesta quarta-feira, 29, o Programa Minas Consciente, que orienta os municípios mineiros para uma retomada segura das atividades econômicas. Os estudos epidemiológicos feitos pela Secretaria de Estado da Saúde já identificaram que Minas vive, neste momento, um platô da pandemia, que indica uma estabilidade no número de novos casos e óbitos. Além disso, o Estado também registrou um aumento de quase 72% no número de leitos de UTI em hospitais do SUS nos últimos meses.
Com isso, a proposta do novo Minas Consciente traz algumas alterações. Entre elas, a redução de quatro para três ondas. Na primeira versão do programa, os serviços e atividades comerciais eram divididos entre essenciais (onda verde); de primeira fase de flexibilização (onda branca); de segunda fase (onda amarela) e, por fim, de terceira fase (onda vermelha), além da onda roxa (pós pandemia).
Agora, a divisão se dá entre serviços essenciais (onda vermelha), serviços não essenciais como lojas de artigos esportivos, eletrônicos, floriculturas, autoescolas, livrarias, papelarias e salões de beleza (onda amarela), e serviços não essenciais com alto risco de contágio como academias, teatros, cinemas e clubes (onda verde). As escolas, tratadas como atividades especiais, seguirão regras específicas.
Outra mudança é o desmembramento de 14 macrorregiões em 62 microrregiões, assim, Sete Lagoas e outros 23 municípios saem da macrorregião central e passam a compor a microrregião de Sete Lagoas, atualmente com índices mais favoráveis.
Sete indicadores, como taxa de incidência, taxa de ocupação de leitos, número de leitos por grupo de 100 mil habitantes e percentual de aumento de casos serão levados em consideração pelo comitê estadual para definir em qual onda cada microrregião ficará. Cada um desses indicadores terá um peso, e a somatória das notas de cada município e microrregião vai determinar em qual onda ele será inserido.
De acordo com o programa, os municípios e microrregiões serão reavaliados periodicamente e essa reavaliação vai determinar se ele continua na mesma onda, se avança ou recua. O novo Minas Consciente entra em vigor a partir do dia 6 de agosto, quando o comitê estadual vai divulgar qual onda cada região deverá seguir.
A mudança é fruto de uma consulta pública feita pelo Governo de Minas. O prefeito Duílio de Castro, por diversas vezes, liderou o movimento para que a microrregião de Sete Lagoas fosse independente da região central, tendo em vista o índice de ocupação de leitos e o baixo índice de letalidade da doença no município (1,6%) em comparação ao Estado (2,1%) e ao País (3,6%).
Para isso, o prefeito formou uma coalizão com representantes de 24 municípios da região e um documento foi formalizado e protocolado no gabinete do governador. Além disso, reuniões foram realizadas nas últimas semanas entre o prefeito e o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, na Cidade Administrativa, reiterando o pedido. "Esperamos que nos próximos dias nós tenhamos notícias positivas para que o comércio possa reabrir suas portas o mais próximo da realidade, buscando um equilíbrio entre a economia e o controle da pandemia. A economia também precisa de socorro, pois há desemprego, fome, depressão e muitos outros problemas para as famílias", afirmou o prefeito.
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