Dentre os diversos estudos que buscam identificar grupos mais suscetíveis aos sintomas do coronavírus, uma pesquisa da Universidade de West Virginia, nos Estados Unidos, chama a atenção. Conforme o levantamento, publicado na última terça-feira (21) no Jornal da Academia Americana de Dermatologia, os homens calvos são até 40% mais vulneráveis à doença.
Realizado com 2.000 britânicos, o estudo dividiu os voluntários em quatro classes, que variam de 1 a 4: sem perda, leve perda, perda moderada e grande perda de cabelo. Desse total, 1.605 tiveram teste negativo para a Covid-19 e 336 apresentaram diagnóstico positivo. Através de um formulário online, eles ainda tiveram que responder idade, índice de massa corporal e presença de comorbidades.
E os resultados encontrados pelos pesquisadores foram surpreendentes: das 394 pessoas que relataram ter o último grau de calvície, 20,05% testaram positivo para o coronavírus. Entre os que não possuem nenhuma perda de cabelo, o índice cai para 15%, seguido pelos intermediários, com 16,83% e 18,15% com a infecção pela doença confirmada. “A positividade da Covid-19 apresentou uma tendência maior com o aumento da calvície", resume o estudo.
Porém, os pesquisadores não levaram em consideração dados socioeconômicos, além da etnia de cada um dos participantes. Em Madrid, na Espanha, um outro estudo revelou que dos 122 homens internados em três hospitais da cidade, pelo menos 79% eram carecas.
Dados da Sociedade Brasileira do Cabelo apontam que há mais de 42 milhões de pessoas no país com calvície.
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