A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai retomar as aulas dos cursos de graduação, remotamente, no dia 3 de agosto. A decisão foi anunciada após reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (cepe) nessa quinta-feira (5). As aulas do curso de pós-graduação também serão retomadas remotamente já na próxima quarta-feira (1º).
Em relação aos cursos de graduação, a reitora da UFMG, Sandra Goulart, afirma que os colegiados deverão estabelecer diretrizes para o ensino à distância, com base em propostas já apresentadas por grupos de trabalho internos. “Caberá aos colegiados, com base nessas diretrizes, programar as atividades que poderão ser ofertadas remotamente. Para isso, haverá um período para ajustes das matrículas. Também serão definidas ações para avaliação e monitoramento das estratégias adotadas nas três fases previstas para o processo de retomada das aulas”, explica a reitora.
Ao todo serão seis semanas de planejamento até o retorno das aulas dos cursos de graduação. A retomada vai ser dividida em três etapas. Segundo a UFMG, a primeira consiste em realizar o diagnóstico e planejamento de atividades para alunos concluintes, além de ações de formação docente. A segunda etapa prevê a adoção do regime remoto emergencial propriamente dito. Já a terceira etapa, além do ensino remoto, a universidade prevê a ampliação de atividades presenciais.
Um novo calendário escolar também será criado para todos os cursos, da graduação ao doutorado. “Isso será feito pelo próprio Cepe, com base nas reflexões das câmaras de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão”, informa Sandra Goulart.
Acesso
Em março, a UFMG optou por não adotar o ensino à distância enquanto às medidas de proteção contra o coronavírus estivessem vigentes. A justificativa da universidade é de que não seria possível “garantir que todos terão acesso frequente e estável aos recursos computacionais necessários para acompanhamento das atividades”. Para o retorno das atividade por meio remoto, a universidade criou programas para possibilitar que estudantes carentes acompanhem as aulas.
No caso dos alunos da pós-graduação, será concedido um benefício de R$ 100 para custear gastos com internet. Em relação aos alunos da graduação um programa de auxílio semelhante também poderá ser ofertado. Há ainda um programa para auxílio a estudantes indígenas e quilombolas. “É um projeto que será lançado no próximo mês”, informa o vice-reitor Alessandro Moreira.
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