A eleição que escolheu o novo mandatário do Cruzeiro mal tinha terminando e o presidente eleito publicava uma mensagem no Twitter comemorando a vitória, mas falando que estava diante do maior desafio de sua carreira. Assumir um clube com seis pontos a menos na Série B do Campeonato Brasileiro, com quase R$ 1 milhão em dívidas e com a imagem manchada após uma gestão que é investigada até por formação de quadrilha não é tarefa fácil. “Meu pai queria me internar”, brincou Sérgio Rodrigues.
O alerta do pai não o desanimou. “Eu falei: calma, pai. Fica tranquilo. Cada um tem uma competência. Eu falei que sei desse desafio e me preparei para isso. Alguém tinha que enfrentar. Fico feliz que realmente seja eu porque me preparei muito para isso”, garante o novo presidente estrelado, que vai tomar posse no dia primeiro de junho.
Os dias que antecederam a eleição foram dias muito pesados para os torcedores da Raposa. A China Azul começou a semana diante de um relatório encomendado a uma empresa de consultoria que constatou irregularidades na administração passada que vão desde o uso de cartão corporativo para farras em casas noturnas no exterior até milhões que foram pagos a empresas de pessoas ligadas aos antigos dirigentes.
Logo depois veio a bomba da Fifa que puniu o Cruzeiro com a perda de seis pontos na Série B do Campeonato Brasileiro por causa de uma dívida com o volante Denilson junto ao Al-Wahda, dos Emirados Árabes. Como se não bastasse, o balanço do clube no ano passado apresentou um déficit de R$ 393 milhões em 2019 e uma dívida acumulada de mais de R$ 800 milhões.
“A gente sente que a torcida está machucada, quer abraçar, quer agir. A gente vai mostrar que é possível com muita dedicação, muito profissionalismo. O fim é difícil a gente prometer, mas os meios o torcedor pode ter certeza que serão aqueles que o torcedor sempre sonhou em ver no Cruzeiro, com uma gestão austera, profissional e para se reerguer e se tornar uma grande organização.
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