Na coluna de ontem eu disse que a partida entre Cruzeiro e Botafogo, pelo Brasileirão, seria diferente daquela da Copado Brasil, em que o time carioca foi goleado na Ilha do Governador. E não deu outra. O time azul esteve irreconhecível, pouco produziu e foi castigado no segundo tempo com dois gols, perdendo três preciosos pontos. Foi uma tarde daquela em que nada dá certo, nem mesmo as três alterações do técnico Mano Menezes. O atacante Ábila, isolado entre os zagueiros botafoguenses, nada fez. De Arrascaeta, também bem marcado, pouco produziu, e Sobis, lutou, lutou e fracassou. O Botafogo, que depois da saída de Ricardo Gomes e da efetivação de Jair Ventura, filho do Furacão da Copa, melhorou bastante, subiu posições e vê cada vez mais distante qualquer possibilidade de rebaixamento. O primeiro gol do alvinegro saiu em falha do fraco lateral Lucas. A bola foi roubada por Victor Luís e Canales marcou. O segundo foi outra pintura de Camilo, que semana passada marcou belo gol de bicicleta e ontem fez de voleio. Que golaço. 2 a 0, matando qualquer possibilidade de reação do Cruzeiro.
O jogo foi fraco. No primeiro tempo deu até sono. Toques de bola para os lados, pouca objetividade e os goleiros sem o menor trabalho. Parecia que as duas equipes haviam comido uma feijoada. O Cruzeiro precisava mandar na partida, mas suas principais peças não rendiam o suficiente. O Botafogo fazia seu papel de boa marcação e alguns poucos contra-ataques. Nem mesmo a torcida azul conseguiu se animar, pois ficou calada boa parte do jogo. Aliás, tentou dar força quando o Cruzeiro sofreu o primeiro gol. Mas Camilo tratou de jogar o balde de água fria, mostrando que não haveria jeito de uma reação azul. No segundo tempo, as duas equipes procuraram um pouco mais o gol, e no momento em que o Cruzeiro parecia querer engrenar, sofreu o primeiro gol e aí desandou. A situação continua muito mais para fugir do rebaixamento do que qualquer outra coisa. Depois de seis jogos sem perder, o Cruzeiro conheceu outra derrota, e, justamente num momento em que o torcedor acreditava e sonhava com uma reação como a do ano passado.
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