Após ficarem paradas por quatro semanas devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as fábricas da CNH Industrial na América do Sul, que inclui duas unidades em Minas Gerais (Contagem e Sete Lagoas), estão retornando gradualmente às suas atividades.
O processo de retomada teve início na última semana e envolve, segundo a empresa, todos os cuidados para ajudar a evitar a propagação da doença entre os colaboradores.
“Todas as medidas protocolares aplicadas hoje no mundo para garantir a segurança e saúde dos funcionários. Exemplo: sanitização das fábricas, uso de máscaras onde os protocolos pedem e distâncias mínimas entre as pessoas, entre outros. Além de disponibilizar mais álcool gel pela fábrica, fazer redução da população em refeitórios e outros pontos de fluxo, como vestiários”, afirma a marca.
A companhia não realizou demissões, mas, segundo a organização, adotou algumas ações no momento de crise, começando pelas férias coletivas. “Depois, fizemos acordos com os sindicatos e estamos usando o recurso de layoff para outras posições”, diz a empresa.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas, Ernani Dias, ainda não se sabe se haverá redução de jornada dos trabalhadores e consequentemente redução dos salários na planta da Iveco.
“Acredito que tudo vai depender do rumo que a economia vai tomar. O próprio mercado vai ditar, de acordo com o que der para produzir”, afirma ele, que pontua, ainda, que as pessoas consideradas do grupo de risco para o Covid-19 não retornarão ao trabalho neste momento.
A CNH Industrial diz que voltou com os funcionários necessários para a retomada da produção das linhas com demanda de mercado, mas não revela quantos e quais linhas são essas por questões estratégicas.
Áreas essenciais – No entanto, em nota, a companhia destacou que “As unidades da região produzem máquinas agrícolas da Case IH e da New Holland Agriculture, equipamentos de construção da Case e da New Holland Construction, veículos comerciais da Iveco e motores da FPT Industrial”.
Esses produtos, segundo a própria empresa, são considerados fundamentais para as cadeias de suprimentos de alimentos e de logística de áreas essenciais para a população, como a indústria farmacêutica.
“A CNH Industrial reforça que está preparada, através dos concessionários das várias marcas e dos seus centros de distribuição de peças e serviços, para seguir atendendo às demandas dos clientes nas áreas agrícolas, de transporte e construção, garantindo assim a continuidade das atividades desses setores essenciais à sociedade”, afirma a empresa em material enviado para a imprensa.
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