Médicos e cientistas têm alertado, de maneira insistente, sobre a importância do isolamento social no combate ao coronavírus. No entanto, o pedido, às vezes, precisa ser traduzido em números para que as pessoas tenham a noção da gravidade da situação. Ouça acima a matéria completa de Allãn Passos.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Fernando Luiz de Mendonça, disse que antes das medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos, os números eram catastróficos. Ele deu como exemplo o impacto da pandemia na região metropolitana de Belo Horizonte sem as medidas de restrição da circulação.
“Estudo da Sociedade Mineira de Infectologia apresentado duas semanas antes de começar as medidas trazia números estarrecedores. Os números mostravam que se nada tivesse sido feito poderíamos ter na região metropolitana mais de 2,5 milhões de pessoas acometidas e levando a mais de 60 mil mortos”, afirmou.
“Por isso que não só aqui, mas no mundo inteiro, as orientações foram para que as pessoas fiquem em casa. Essas medidas é que mudaram essas pesquisas e esses números, que trazem um alento. Se a gente não transmitir o vírus, esses números vão cair drasticamente, e já estão caindo”, completou.
O médico lembra que o isolamento não é eterno, mas que, por enquanto, ainda é necessário. “É um sacrifício que teremos que fazer neste momento. O confinamento não será eterno. Logo, logo, a gente vai conseguir liberando as pessoas, pelo menos as que não forem do grupo de risco. Por enquanto, ainda é necessário pra gente tentar melhorar ainda mais esses números”, ressaltou.
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