Os professores da rede municipal de educação entraram em greve, por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira (27). O Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH) informou que entre as principais reivindicações da categoria estão o aumento no valor dos vencimentos, além do pagamento de parcelas atrasadas.
A decisão pela greve saiu no último dia 19 e está marcada para esta sexta-feira (28), um ato na porta da Prefeitura de Belo Horizonte.
Veja abaixo as reivindicações da categoria:
- Recomposição do Piso Salarial Municipal da Educação (nível 1), das carreiras de professores, pedagogos, Assistentes Administrativos Educacionais (AAEs) e auxiliares de escola de acordo com o Piso Salarial Nacional Profissional da Educação. 12,82%, já;
- Implementação das 7h de planejamento;
- Reorganização da perícia médica, fim da terceirização e da política para readaptação funcional;
- Apresentação do projeto de reajuste dos aposentados sem paridade referentes a 2018, 2019 e 2020, com retroativo.
- Descentralização dos recursos de manutenção das escolas.
- Reorganização dos cargos e funções dos Assistentes Administrativos Educacionais (AAEs).
Leia a nota da prefeitura sobre o caso:
Em relação à pauta de reivindicações dos professores da Rede Municipal de Ensino, a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão esclarece:
O município de Belo Horizonte paga valores superiores ao piso nacional do magistério para os níveis de ingresso (PROPORCIONALIZADO PARA JORNADA DE 40 HORAS SEMANAIS):
Professor para a Educação Infantil: R$ 3.501,95 - 21,3% acima do piso
Professor Municipal: R$4.256,64 - 47,5% acima do piso
O aumento de 12,84% proposto pelo governo federal é somente para os municípios e os estados que pagam abaixo do piso. Isso ocorreu em Belo Horizonte no caso de 500 servidores/ aposentados e pensionistas que estão no nível 1 e 2 da carreira.
AUMENTO SALARIAL RETROATIVO A 1º DE JANEIRO DE 2020 APROVADO EM ASSEMBLEIA POR TODAS AS CATEGORIAS
O Projeto de Lei de reajuste salarial (acordado com todos os sindicatos) foi aprovado em 1º turno na Câmara Municipal e, tão logo seja aprovado em 2º turno e a lei sancionada, o percentual de aumento de 3,78% será aplicado na folha de pagamento de todos os servidores, retroativo a 1ª de janeiro. O segundo aumento está previsto para dezembro deste ano, totalizando 7% de reajuste, o que garantirá a recomposição inflacionária.
Plano de carreira vigente busca a valorização do mérito e escolaridade:
Esclarecemos que o projeto de lei enviado à Câmara NÃO irá ALTERAR o plano de carreira da Educação que tem como benefícios:
1 Progressão por escolaridade (concede um adicional que varia de 5 a 10,25% no vencimento).
2 Progressão por mérito (concedido um adicional de 5% no vencimento a cada 1.095 dias de efetivo exercício).
3 Licença assiduidade ou férias-prêmio (concede 3 meses de licença ou pagamento em espécie a cada 5 anos de trabalho).
4 Quinquênio (concede um adicional de 10% sobre o vencimento a cada 5 anos).
5 Vale-transporte.
6 Vale-refeição.
7 Plano de Saúde.
Portanto, ficam mantidas as MUDANÇAS DE NÍVEIS para aqueles que progrediram e irão progredir na carreira por mérito e por escolaridade.
Sobre o substitutivo enviado à Câmara:
Em virtude do reajuste de 12,84% dado pelo Governo Federal, em 2020, a administração municipal identificou que cerca de 500 servidores - por força de não conclusão de nível superior ou por terem se aposentado há muito tempo, não estariam recebendo conforme o novo piso.
Diante desse cenário, foi encaminhado projeto de lei à Câmara de Belo Horizonte para que haja essa alteração. Assim, a PBH pagará a diferença entre R$2,91 e R$ 80,08 para esses servidores.
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