A cervejaria Backer terá que custear despesas médicas de consumidores que estão em tratamento de saúde por intoxicação supostamente após o consumo da cerveja Belorizontina contaminada com dietilenoglicol.
A decisão foi tomada em audiência entre representantes da cervejaria e familiares de consumidores em uma reunião realizada nessa quinta-feira (30), na 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, quando as vítimas expuseram as necessidades de custeio médico para recuperação dos familiares que foram intoxicados.
O número de casos suspeitos de intoxicação provocada pelo dietilenoglicol já chega a 30, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (31) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES). Desses, 22 são de Belo Horizonte e os demais foram registrados nas cidades de Capelinha, Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa. No total, quatro mortes podem estar relacionadas à síndrome nefroneural, supostamente provocada pela substância tóxica que foi encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, da Backer.
A cervejaria concordou com a decisão de custear as despesas solicitadas, ou apresentar negativa fundamentada, em até 72 horas após atendimento individual a cada vítima. Segundo o MPMG, a Backer agendou reuniões com familiares dos pacientes.
Também ficou acordado que a cervejaria fornecerá acompanhamento psicológico para as vítimas e seus familiares e, de acordo com a promotora de Justiça Silvia Altaf, a intenção foi a de tentar agilizar a assistência às vítimas. Ela ainda informou que os procedimentos instaurados no MPMG para apuração do caso continuarão com andamento.
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