Tradicionais no fim de ano, confraternizações de amigo-oculto devem movimentar R$ 7,5 bilhões na economia brasileira em 2019.
Seja entre amigos, familiares ou colegas de trabalho, estima-se que 66,3 milhões de pessoas devem participar da brincadeira neste ano, o que representa 42% dos consumidores que pretendem presentear alguém no Natal.
Divulgados nessa quarta-feira (11), os dados são de uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizada em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Segundo o estudo, os consumidores pretendem desembolsar, em média, R$ 67,70 com os presentes. Apesar disso, 44% das pessoas consultadas afirmam que não devem gastar mais do que R$ 50 com a brincadeira.
A maior parte dos consumidores vai participar da confraternização com familiares – cerca de 72% dos entrevistados. Entre amigos, o percentual encontrado foi de 38% e, no trabalho, 29% devem aderir ao amigo-oculto.
Dos que vão participar da brincadeira, 59% afirmam que a principal razão é o gosto pela atividade. Por outro lado, em tempos de vacas mais magras, 36% dos entrevistados argumentam que envolver-se no amigo-oculto é uma forma de economizar na hora de comprar presentes para amigos e familiares.
“O amigo-secreto parece nunca sair de moda entre os brasileiros. É uma brincadeira democrática e uma ótima alternativa em tempos de orçamento apertado”, explica o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
Apesar disso, 40% das pessoas consultadas afirmam que não devem entrar nas confraternizações neste ano, enquanto 17% estão indecisos. O principal motivo para não participarem do amigo-oculto é o desgosto pela brincadeira, apontado por 48% das pessoas.
A estudante de comunicação social Sylvia Procópio conta que, desde o ano passado, um grupo de amigos realiza o “amigo meinha”, no qual cada participante leva um par de meia especial para a confraternização e eles “roubam” os pacotes entre si.
“É a nossa confraternização de fim de ano. O pessoal não sai com tanta frequência, nem sempre todo mundo pode ir, então ter esse programa é algo para reunir todo mundo”, explica.
Realizada em um bar, a brincadeira, afirma Sylvia, ocorre com 13 pessoas e uma opção de “meinha” para cada.
“A escolha de meias como objeto é porque é algo universal, não precisa sortear, meinha mais longa, com estampas divertidas. É um presente divertido e barato”, conta.
Antissociais
Segundo a pesquisa, 12% das pessoas que participam das brincadeiras de amigo-oculto no fim de ano não o fazem por gostar das confraternizações, mas por medo de serem vistas como “antissociais” pelos amigos ou familiares.
Pesquisa
Público. Para chegar aos resultados obtidos pela CNDL e pelo SPC Brasil, foram ouvidas 686 pessoas em 26 capitais e no Distrito Federal entre os dias 7 e 12 de outubro de 2019.
Confiança. Segundo as entidades, a margem de erro dos números apresentados é de 3,7 pontos percentuais, com 95% de confiança nos resultados apresentados.
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