Às vésperas do início da temporada de compras para as festas de fim de ano, duas boas notícias para o varejo da capital mineira: um indicador que mede a recuperação de crédito na cidade cresceu pelo quarto mês consecutivo e outro, que apura o volume de dívidas quitadas, subiu pela segunda vez seguida.
Ambas estatísticas são elaboradas pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). O primeiro indicador informa o percentual de consumidores que retiraram o nome do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
Ele leva em conta o acumulado de 12 meses e, no período encerrado em agosto passado, obteve alta de 4,15%.
O avanço, mesmo quando pequeno, representa o retorno da oferta de crédito a uma parcela de consumidores que estava na lista dos maus pagadores, impossibilitados de compras a prazo.
O resultado fica ainda mais satisfatório para os lojistas em razão de o crescimento manter a tendência de alta após 10 edições no vermelho, de maio de 2018 a abril de 2019.
O percentual de aumento do indicador que apura o volume de dívidas quitadas também é baixo (0,14%), mas, da mesma forma que o outro, significa alívio para comerciantes. Neste caso, é o segundo aumento consecutivo, após 12 edições negativas, de maio de 2018 a junho de 2019.
O presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, atribuiu as melhoras dos indicadores econômicos à combinação de fatores como o recuo do desemprego, a redução da taxa juro básica no país (Selic) e a desaceleração da inflação.
“A taxa de juros no menor patamar da série histórica (ficou em 5,5% em agosto passado), atrelada a redução da inflação (3,42% no acumulado de setembro de 2018 a agosto de 2019), tem colaborado para que os consumidores consigam renegociar e quitar os seus débitos em melhores condições. Assim, eles saem do cadastro de devedores e voltam para o mercado de crédito e consumo”, explicou o executivo.
Embora a economia do Brasil venha apresentando recuperação bem aquém do que era esperado para 2019, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) sendo revisado pelo Banco Central de 2,5% para 0,81%, a CDL-BH avalia que o país atravessa um ambiente melhor do que em outros anos.
Segundo a entidade, “a expectativa é que com a queda da taxa de desemprego e o aumento da renda, as famílias tenham uma situação financeira mais favorável, que permita um crescimento maior deste indicador”.
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