A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que o ensino domiciliar deverá ser aprovado no Brasil até novembro. A informação foi dada nesta sexta-feira (13), em entrevista ao jornal Gazeta do Povo. Segundo o ministério, essa é a expectativa da ministra. "A aprovação depende do Congresso Nacional", informou em nota.
O homeschooling ou ensino domiciliar é uma das promessas de campanha de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Um pojeto de lei sobre o assunto, o PL 2.401/2019, foi apresentado pelo governo em abril e encaminhado ao Congresso.
A ministra disse que o projeto está bem encaminhado na Comissão de Educação da Câmara e deve passar facilmente pelos dois crivos seguintes, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e do Plenário do Senado.
"A família brasileira tem buscado esta modalidade de ensino. É uma discussão que está há 26 anos no Congresso Nacional. A gente entende que é direito da família e direito da criança, do pai e da mãe e estamos buscando garantir esse direito de poder optar pela modalidade de ensino domiciliar", afirma Damares.
A ideia é que a proposta seja anexada a dois outros projetos semelhantes, que já estavam em andamento na Comissão de Educação da Câmara sob a relatoria da deputada Professora Dorinha (DEM-TO). Com isso, a ministra espera acelerar a tramitação e aprovação.
Critérios
O projeto estabelece critérios para a educação em casa. O documento abrange o exercício do direito à educação domiciliar, além de alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
De acordo com o projeto de lei, “os pais ou os responsáveis legais têm prioridade de direito na escolha do tipo de instrução que será ministrada a seus filhos”.
A proposta prevê ainda que estudantes da educação escolar tenham os mesmos direitos daqueles que optarem pela educação domiciliar. Também garante a participação “em concursos, competições, avaliações nacionais instituídas pelo Ministério da Educação, avaliações internacionais, eventos pedagógicos, esportivos e culturais, incluídos àqueles em que for exigida a comprovação de matrícula na educação escolar como requisito para a participação”.
Os pais que optarem pelo homeschooling deverão formalizar a opção por meio de uma plataforma virtual do MEC e deverão apresentar um plano pedagógico individual referente ao ano letivo. “Os pais ou os responsáveis legais que optarem pela educação domiciliar manterão registro periódico das atividades pedagógicas do estudante."
Mín. 16° Máx. 23°