O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) celebra seus 108 anos da maneira que os inspira: salvando vidas. A corporação completa também sete meses de empenho nas buscas em Brumadinho, e seis meses desde que foi até Moçambique, na África, para auxiliar a população do local. E nesta última quinta (5) foram enviados para uma nova missão: ajudar no combate aos incêndios florestais na Amazônia.
De janeiro até o mês de julho, aproximadamente 6 mil militares foram convocados para mais de 210 mil operações. Em meio a esse contexto que se repete na profissão, o ano de 2019 merece destaque. A começar pela operação na região do Córrego do Feijão, em Brumadinho, após o rompimento da barragem da Vale, que até hoje conta com uma equipe voltada para a busca de desaparecidos.
O trabalho na área da cidade de Brumadinho ainda não tem data de finalização. Em entrevista ao BHAZ, o segundo-tenente Leonan Soares Pereira revela que, apesar do cansaço, os militares abraçaram a cidade e os familiares que perderam seus entes queridos.
“Ainda faltam 21 corpos a serem identificados. E apesar de já termos um revezamento completo da equipe, o cansaço é nítido. Mas a motivação para estarmos ali é maior, nós realmente abraçamos a causa e vamos entregar o único direto restante à essas famílias após o acidente”, diz.
Com apenas um mês de atuação na cidade mineira, uma equipe com 20 membros do CBMMG foi enviada à Moçambique. A ação se deu no contexto da emergência humanitária causada pelo ciclone Idai, que assolou o país no dia 14 de março, com ventos de mais de 170 km/h. Os especialistas enviados haviam trabalhado no início da operação de Brumadinho e permaneceram por lá durante 40 dias.
“Apesar de ter sido uma situação totalmente diferente, os militares trouxeram fortes histórias vividas pela população de lá. Como por exemplo das pessoas terem água dosada todos os dias e viverem totalmente isoladas”, declara Leonan.
Agora a missão envolve novamente o país brasileiro. A Amazônia pede ajuda e os heróis mineiros prometem auxiliar no combate aos incêndios florestais do local. Vinte militares do CBMMG atenderam ao chamado e embarcaram para o Pará, na região Norte do Brasil.
Segundo o tenente Leonan, toda a força da corporação vem de um único motivo: ajudar outras pessoas. “Nós temos uma missão que é ajudar o próximo. É um verdadeiro privilégio de trabalhar ajudando quem precisa. Lógico que o salário que recebemos é importante para sobreviver, mas o principal motivo de tanto empenho é uma motivação interna mesmo, de estar salvando vidas”, completa o bombeiro.
Mín. 17° Máx. 27°