O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais publicou edital para abertura de inscrições para o curso de formação de instrutor de brigadistas. São 60 vagas, distribuídas em duas turmas para este ano e um cadastro reserva para outras turmas no ano de 2020. Este é o primeiro curso promovido pela corporação com o objetivo de treinar interessados em formar brigadistas.
Durante o treinamento, serão 188 horas de carga horária ministradas por bombeiros militares. Após o curso, eles estarão credenciados e preparados para repassar os conhecimentos, treinando brigadistas profissionais, orgânicos e florestais.
Segundo o capitão Elias José Luciano, chefe da Divisão de Treinamento da Academia de Bombeiros Militar de Minas Gerais, trata-se de uma oportunidade para a corporação certificar a qualidade do nível de instrução que é oferecido pelas instituições existentes, que também precisam estar credenciadas junto à instituição militar. “Qualquer cidadão, maior de 18 anos, pode ser um brigadista profissional, orgânico ou florestal”, explica o militar.
O bombeiro orgânico, de maneira geral, é aquela pessoa que exerce funções ordinárias da ocupação da empresa/estabelecimento (pode ser um auxiliar administrativo, uma secretária, dentre outros) e que tem treinamento para conduzir evacuação do local, combate a princípio de incêndios e prestação de primeiros socorros.
Já o brigadista profissional é o bombeiro civil que exerce, por meio de relação contratual remunerada, a função exclusiva de prevenção e combate a incêndio, com atuação restrita aos limites do local (empresa, instituição) a que estiver vinculado.
Além disso, o orgânico usa um colete de identificação e o civil poderá ser identificado por uniformes específicos. Por conta das diferentes formas de atuação, os dois recebem treinamentos em níveis distintos, sendo 20 horas para o orgânico e de pelo menos 80 horas para o brigadista profissional, segundo o capitão bombeiro
Tanto o bombeiro orgânico como o civil possuem responsabilidades essenciais nas orientações à população do local sobre como se defender no caso de uma emergência envolvendo um princípio de incêndio, situação que pode causar um possível pânico. Estão aptos também para combater incêndio, orientar a evacuação da edificação até a chegada da equipe de bombeiros militares, bem como atuar em um atendimento pré-hospitalar, encaminhar relatórios aos setores competentes, orientar os funcionários do local, bem como a população flutuante e fazer exercícios simulados, entre outros.
O chefe de treinamento Elias José também reforça a importância de um brigadista. “Qualquer um dos profissionais treinados adequadamente como brigadistas tem a capacidade de minimizar a possibilidade de um incêndio se tornar de grandes proporções. Sabe exatamente o que fazer, como proceder, como retirar em segurança os presentes, até a chegada de uma guarnição do Corpo de Bombeiros”.
Regina Assunção Gontijo é secretária e brigadista orgânica. Ela conta que foi uma das melhores coisas que aprendeu. “O treinamento é muito bom. Passei uma semana tendo aulas teóricas e práticas sobre ressuscitação, evacuação rápida e segura, e como colocar uma vítima na maca. E até mesmo como levantar uma maca, pois existem técnicas para isso", revela. "É tudo calculado", acrescenta.
“Após a aula teórica, fomos para uma área de treinamento do Corpo de Bombeiros Militar, onde vivenciamos a simulação de um incêndio em uma casa e como atuar com tranquilidade para evitar ocorrência de vítimas, que é o bem mais precioso”, diz. Regina se orgulha de fazer parte da Brigada de Incêndio da Cidade Administrativa do Governo de Minas e se prepara para mais um curso de reciclagem.
Serviço:
Os interessados no processo seletivo podem fazer sua inscrição unicamente por meio digital, neste endereço. O processo seletivo terá validade de um ano, prorrogável por igual período, contados a partir da data da publicação do resultado final e convocação para matrícula.
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