Em entrevista ao Site Mega Cidade, o vereador Milton Martins disse que a redução de ônibus da Turi circulando em bairros de Sete Lagoas é uma estratégia da empresa para alcançar reajuste no valor do transporte.
“É a mesma estratégia que eles usaram na época do governo Marcio Reinaldo para conseguir aumento. Então, aproveitaram para reduzir porque está todo mundo reclamando.”, ressalta.
Segundo Milton Martins será preciso pedir a documentação do processo licitatório e a abertura de uma Comissão de Sindicância. “Se eu verificar que no envio de documentos houve omissão por parte da empresa, pedirei a abertura de uma Comissão de Sindicância.”, revela.
Diminuição do transporte coletivo
Sobre a diminuição de ônibus nas regiões da cidade, Milton Martins salienta que a fala é que sumiram veículos da Turi e Cooperseltta. “Segundo uma motorista do alternativo, realmente houve uma redução no quadro deles, em função da unificação da bilhetagem.”, explica.
Questionado sobre veículos do alternativo que deixaram de rodar porque não houve condições de serem trocados por serem de 2011, no que diz respeito a prestação de serviços à população, para Milton Martins teria que ser feita uma nova licitação para outro veículo ocupar o lugar daquele que deixou de rodar na cidade.
“A Turi sempre ajudou alguém politicamente. Como vereadores fomos convidados para a assinatura e não para acompanhar o processo de negociação. Então solicitei à Turi e Cooperseltta a documentação de como ocorreu o processo de unificação da bilhetagem, a confecção do quadro de horários e as ordens de operação dos serviços.”, conta.
De acordo com Milton Martins, a Cooperseltta está sem processo licitatório e roda com base em liminar. Agora quanto a Turi houve o processo e ela tem que cumpri-lo. “Qualquer dúvida que eu verificar na documentação é pedido de sindicância! Se o Executivo não se preocupa em abrir a licitação para o alternativo é por interesse. E o interessante é que tudo isso foi feito sem o acompanhamento da Câmara. Nenhuma das comissões da Câmara foi chamada para participar do processo.”, relata o vereador.
Milton Martins acredita que “o transporte público está caminhando de novo para o monopólio em Sete Lagoas”. Ele completa: “Acho que já estamos vivendo um pré-monopólio. Quando eles limitam o número de ônibus da Cooperseltta, automaticamente a Turi torna-se a única fornecedora do serviço. Se não há linhas para o alternativo, como ele vão comprar novos carros? É isso que é preciso ser entendido!”, exclama.
Fiscalização do Executivo
Também para Milton Martins há uma fragilidade da fiscalização pelo Executivo. “Não existe fiscalização do transporte público em Sete Lagoas. A Seltrans disse que não havia como fiscalizar porque não tinha o quadro de horários. Agora que já tem o quadro de horários é preciso ser cobrada a fiscalização. Mas antes disso temos que verificar se o quadro está de acordo com o processo licitatório.”, afirma.
Nesse sentido, para o vereador pode ser que a Turi tem infringido o processo licitatório, o que segundo ele, caracteriza o rompimento do contrato.
Assista entrevista exclusiva com o vereador:
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