Como todos já devem saber, o cérebro é o principal órgão do corpo humano, responsável pelos nossos movimentos conscientes e inconscientes, além de controlar os processos cognitivos. Esse mecanismo é realizado por meio dos neurônios e suas sinapses.
Um relatório do doutor Jack Shonkoff, da Universidade de Harvard, nos EUA, explica que no cérebro de um bebê são formados cerca de 700 neurônios por segundo nos primeiros cinco anos de vida. E nos três primeiros anos, nosso cérebro cresce cerca de 80%, esse número triplica ao decorrer dos anos e são estabelecidas bilhões de novas conexões nervosas. Desta forma, a infância é o período que melhor pode se estimular o potencial do cérebro humano.
Nesse momento, estímulos externos fazem toda a diferença, isso se dá através da música, esportes, socialização, leitura e prática de atividades lúdicas e educativas. Por isso, a matemática, primordial em nossas vidas, precisa ser exercitada ao longo da infância e, principalmente, ao longo dos primeiros anos da vida escolar, para não virar um problema no futuro. Isso pode ser feito através de atividades bem direcionadas para o desenvolvendo que estimulam diretamente a imaginação, memorização, percepção e a atenção. Mas como fazer isso?
Com a volta às aulas, período que merece atenção dos pais, já que as crianças iniciam um novo ciclo de estudos, o professor Ferretto, maior influenciador de matemática da América Latina, com mais de 2 milhões de inscritos em seu canal no Youtube, dá dicas de como auxiliar neste processo e transformar essa experiência em algo construtivo e prazeroso por toda a vida.
1 – Não coloque a matemática como vilã
Já é comum nas escolas dizerem que a matemática é muito difícil e que precisa ter cuidado com ela, “isso é um mito que pode fazer as crianças crescerem influenciadas de maneira negativa. Se os pais têm medo, a criança também terá’’, explica o professor Ferretto. É papel dos pais transmitir a confiança necessária para seu filho encarar a matemática como uma disciplina lógica e não impossível.
2 – Faça brincadeiras estimulantes
Torne a matemática parte do dia a dia da criança por meio de brincadeiras. As crianças aprendem muito de forma lúdica, um bom exemplo de como fazer isso é através da música, ela ajuda a melhorar a sensibilidade, a capacidade de concentração e a memória, trazendo benefícios ao processo de alfabetização e ao raciocínio matemático. Professor Ferretto explica que essas brincadeiras vão além do entretenimento e ajudam a desenvolver o raciocínio lógico matemático, como a simples contagem de uma sequência de notas musicais.
3 – Utilize de histórias
Crianças são apaixonadas por histórias. Existem muitos livros que contam uma história envolvente e que estimulam o raciocínio matemático. “Livros podem levantar questões que envolvem quantidades, medidas, noções de espaço e muito mais. Isso ajuda a criança a se familiarizar com problemas e noções básicas matemáticas”, aponta o professor Ferretto.
4 – Dia a dia
Proporcione estímulos diários nas crianças envolvendo assuntos do universo dela e relacionados a somar e subtrair, e se achar conveniente, recompense o esforço dos pequenos de alguma forma com pequenos presentes, passeios ou, simplesmente, um abraço. “Crianças são curiosas, e isso é ótimo se direcionado ao aprendizado. Usar artifícios da sua rotina ajuda a desenvolver a familiaridade com problemas envolvendo matemática”, conclui o professor Ferretto.
5 – Apoio
Mostre para a criança que ela não está sozinha, ajude, converse, faça ela perceber que é capaz de resolver qualquer problema, que não precisa ter medo ou raiva deles. “Todos têm a capacidade de aprender e fazer escolhas, estímulos vindos daqueles que se admira e se tem como referência são o apoio necessário para dar confiança e determinação para seguir em frente e não desistir”, comenta Ferretto.
Estimular a matemática durante a infância e adolescência do seu filho faz toda a diferença para que no futuro ele não venha a ter “bloqueios” com a matemática. “Mais do que um exercício diário, ele é fundamental para o desenvolvimento escolar e social, a matemática precisa ser vista como uma aliada e não como inimiga”, conclui o professor.
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