A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou nesta 6ª feira (26.jul.2019) que acionará bandeira vermelha 2 em agosto. Na prática, a mudança representa cobrança adicional de R$ 4 a cada 100 kWh consumidos.
Em julho, a bandeira tarifária em vigor foi a amarela, com uma cobrança extra de R$ 1,50 a cada 100 kWh. A mudança no patamar da bandeira aconteceu, segundo a Aneel, porque agosto é 1 mês típico de seca e a previsão é de chuvas abaixo da média histórica.
“A previsão hidrológica para o mês sinaliza vazões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios. Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica”, disse a agência.
A diminuição do volume nos reservatórios reduz a quantidade de energia elétrica produzida nas usinas hidrelétricas. Para garantir que não faltará energia, são acionadas mais usinas termelétricas movidas a diesel ou óleo combustível, que são mais caras e poluentes.
Os custos extras para produzir energia nesses períodos são pagos pelos consumidores por meio da cobrança das bandeiras tarifárias. Os recursos pagos pelos consumidores vão para a conta bandeira. São posteriormente repassados às distribuidoras de energia para compensar o custo extra da produção de energia no período.
O sistema de bandeiras tarifárias foi instituído pela agência em 2015, com objetivo de sinalizar ao consumidor o custo real da geração de energia elétrica. A Aneel define a bandeira tarifária mensalmente, com base nas condições climáticas e no nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas.
As cores das modalidades –verde, amarela ou vermelha– indicam se haverá ou não acréscimo a ser repassado ao consumidor final. Para o acionamento das bandeiras, são considerados o custo de geração térmica mais cara, a expectativa de chuvas e o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
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