A evolução da tecnologia, e o consequente uso da internet, tem modificado e transformado diversos aspectos da vida das pessoas, tanto em âmbito escolar, como profissional e pessoal. Um estudo realizado recentemente pela Matific, uma edtech israelense, apontou que 91% dos estudantes se sentem mais motivados a estudar se puderem utilizar dispositivos móveis. Embora esse número seja alto e a tecnologia uma realidade que está disponível para todas as gerações de estudantes, muitos professores ainda ficam apreensivos sobre o uso de itens tecnológicos nas dependências escolares: menos da metade deles, cerca de 40%, solicitam em algum momento o uso de dispositivos para realizações de trabalhos, exercícios e trabalhos em grupo pela internet.
O educador, nesse novo contexto, precisa entender que deixa de lado as atividades mais mecânicas, como elaboração de provas e correção de exercícios, e se torna um mediador da aprendizagem, um provocador e curador de conteúdos, criando estratégias pedagógicas híbridas, que mesclam modos de ensino online e offline, seja por meio de games e plataformas onlines ou com trabalhos de mentoria em grupo, diversificando fontes e perspectivas e fornecendo diferentes possibilidades de aprendizagem, de comunicação e de avaliação. É esperado, portanto, que os alunos desenvolvam habilidades de investigação e análise do processo de elaboração de um projeto, demonstrando conhecimentos técnicas, socioemocionais e criativas.
Entretanto, vale ficar atento ao uso desenfreado da tecnologia, já que, apesar do incentivo ao uso de diferentes meios, em nenhum momento os novos recursos substituem ou devem minimizar as possibilidades de aprendizagem por meio de outros sentidos, seja pelo contato com a natureza, com a exploração de diferentes formas de expressão e de estímulo às diferentes inteligências. “É importante compreender o uso das tecnologias integrado em todos os segmentos, não como uma ferramenta ou disciplina isolada e desconectada do contexto geral de aprendizagem, mas sim assimilada como meio”, afirma o CEO da Sphere International School, Arno Krug.
A rede, do Grupo SEB, se baseia na Sociedade Internacional da Tecnologia em Educação, e atua com uma estrutura para que os estudantes e educadores repensem e criem ambientes de aprendizado inovadores, trazendo diferentes possibilidades e fontes de pesquisas, aplicativos por área de conhecimento e mídias sociais, que permitem compartilhar projetos, atrair os estudantes e dar maior agência ao aluno, dinamismo e interação dentro de sala de aula. ”O momento agora é de atualizar o entendimento sobre o quanto tais ferramentas passaram nos últimos anos para a esfera de facilitadores, refletindo e planejando sobre a utilização das inovações disponíveis em diversas dimensões, definindo com clareza, para os estudantes, por que e para qual finalidade utilizá-las, assim como, o que e quando criar, realizar, registrar, avaliar, comunicar e compartilhar”, reforça Arno.
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