A vitória do Cruzeiro por 2 a 0 sobre o Deportivo Lara, da Venezuela, na tarde desta terça-feira (23), deixou a equipe celeste completamente isolada na liderança do Grupo B da Copa Libertadores. O time de Mano Menezes chegou aos 15 pontos em cinco jogos sem sofrer gols e balançou as redes dos adversários em dez oportunidades.
Apesar dos 100% de aproveitamento e de ser o melhor clube até aqui na fase de grupos da competição, o Cruzeiro precisou superar dificuldades além do gramado para chegar à sua condição atual na disputa.
“Nós tivemos uma dificuldade maior pela logística do grupo, duas viagens longas (Equador e Venezuela), como essa aqui, em condições bem adversas. Um nível técnico do adversário talvez abaixo do que outros, mas a pontuação que chegamos é louvável. É elogiável. Outros clubes brasileiros também têm adversários fracos em seus grupos e não conseguiram a pontuação que estamos fazendo. Nos deixa contentes, aumenta a confiança, mas com pés no chão. É a primeira fase da Libertadores só. Estamos nos preparando para chegar bem nas oitavas de final, e aí na hora do mata-mata poder resolver todos os problemas que estamos podendo resolver aqui”, comentou o técnico Mano Menezes.
Mano analisou também o comportamento de seus jogadores, que precisaram superar o cansaço por causa do calendário apertado, já que definiu o título estadual no último fim de semana.
“Esperávamos dificuldade em função de tudo o que estamos passando nos últimos dias, período de recuperação relativamente curto. Mas a equipe já tem experiência e maturidade para saber se comportar em cima de dificuldades que vamos ter, e que serão repetidas ao longo da temporada. Jogadores experientes, que já viveram situações como esta, se adaptam ao adversário, às condições do campo, que hoje estava muito pesado”, disse.
A fase de grupos da Libertadores tem dois lados para o Cruzeiro. Na opinião de Mano Menezes, a tradição do clube o coloca em situação de “obrigação” no que diz respeito à classificação. Entretanto, dá também a oportunidade de o clube se preparar bem para a sequência da competição.
“Imagino que a fase de grupos para alguém como nós, que já fomos bicampeões da Libertadores, traz uma obrigação e uma boa possibilidade. A obrigação é de classificar. Se não classifica, é um desastre, em termos de expectativa. E a possibilidade de você crescer a cada jogo, para estar preparado para os jogos de risco maior, de mata-mata, de 180 minutos, você saber se comportar em várias situações que esses jogos que estamos jogando agora vão nos preparar”, analisou o treinador.
Por Hoje em Dia
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