Aproximadamente três meses após a assinatura de decreto presidencial que flexibiliza a posse de armas, levantamento do Instituto Datafolha concluiu que a maioria da população é contra a medida. Em pesquisa divulgada, nesta quinta-feira 11, pelo jornal Folha de S. Paulo, 64% dos entrevistados concordam com a afirmação que “a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas”. Já 34% concordam que “possuir uma arma legalizada deveria ser um direito do cidadão para se defender”.
O Datafolha ouviu 2.806 entrevistados em 130 municípios do país, nos dias 2 e 3 de abril. A pesquisa tem margem de erro máxima de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
Em relação à frase “a sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência”, 72% das pessoas ouvidas discordaram, enquanto 26% delas concordaram total ou parcialmente.
Apenas 27% dos entrevistados disseram já ter cogitado a compra de uma arma. E 20% afirmaram que podem considerar comprar armamentos após o governo ter flexibilizado a legislação.
O pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, também foi foco da pesquisa, abordando pontos como a redução de penas a policiais que venham a matar em serviço, alegando legítima defesa. No levantamento do Datafolha, para 81% dos brasileiros, a polícia não deve ter liberdade para atirar em suspeitos sob o risco de atingir inocentes. Já 17% admitem esse tipo de ação.
Dentre os entrevistados, 79% afirmaram que policiais que matam devem ser investigados. Em outro questionamento, 51% dos entrevistados dissera que têm “mais medo que confiança” da polícia, enquanto 47% declararam ter “mais confiança que medo”.
Por Veja
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