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Economia Copasa

Valor de mercado da Copasa triplica entre 2015 e 2018

Corte de pessoal, terceirização da frota e obras estão entre as estratégias adotadas

01/04/2019 às 10h15
Por: Redação
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Um ano de economia com a folha é suficiente para bancar investimentos como a obra de captação do rio Paraopeba; hoje, água de lá não pode mais ser consumida - Foto: Lincon Zarbietti
Um ano de economia com a folha é suficiente para bancar investimentos como a obra de captação do rio Paraopeba; hoje, água de lá não pode mais ser consumida - Foto: Lincon Zarbietti

De 2015 para 2018, a Copasa saiu de um prejuízo de R$ 12 milhões para um lucro de R$ 578 milhões. Nessa trajetória de quatro anos, o corte de custos com pessoal foi uma das principais estratégias para equilibrar as contas. Só com o Programa de Desligamento Voluntário Incentivado (PDVI), a empresa enxugou o quadro de funcionários em 8%. “Com isso, geramos uma economia de R$ 18 milhões por mês na folha de pagamento, que na época girava na casa dos R$ 90 milhões”, explica o diretor financeiro, Frederico Delfino.

Hoje, a Copasa vive um momento bem diferente de 2015, quando Minas Gerais enfrentava o auge da crise hídrica. Em janeiro daquele ano, as ações da companhia na Bolsa de Valores de São Paulo valiam cerca de R$ 24. Agora, estão na casa dos R$ 60. O valor de mercado da empresa praticamente triplicou, saltando de R$ 2,8 bilhões para R$ 7,9 bilhões.

Os números indicam a retomada da credibilidade da Copasa, que acaba de assinar um empréstimo de ¤ 92 milhões com o banco de desenvolvimento alemão KFW, com taxa fixa de juros de 1,41% ao ano, carência de cinco anos e prazo de dez para pagar. “O mercado está entendendo que a Copasa tem um risco baixo”, avalia Delfino.
 
Em 2015, a companhia tinha 12.540 funcionários. Agora são cerca de 11,5 mil, dos quais apenas 41 cargos são destinados a não concursados: sete são diretores, e o restante está vago, à espera de indicações do novo governo. “Apenas 34 cargos são do chamado recrutamento amplo e cumprem funções importantes para o desenvolvimento empresarial. Mas, neste momento, essas cargos estão em aberto, pois os profissionais foram exonerados no fim do ano para aguardar as diretrizes do novo governo”, explica Delfino. O governo ainda não indicou ninguém. Por meio da assessoria de imprensa, o governo mineiro destaca que o processo de escolha ainda está em curso.

O coordenador do curso de administração do Ibmec, Eduardo Coutinho, destaca que, para qualquer empresa em situação financeira difícil, a saída passa pelos cortes de gastos. “Vai depender de cada empresa, mas, em geral, é na folha de pagamento que o resultado vem mais rápido. Outra medida é racionalizar as despesas e focar mais na atividade-fim. Nesse contexto, as decisões tomadas pela Copasa estão de encontro com as melhores práticas gerenciais de quem quer sobreviver no ambiente econômico”, avalia o economista.

Só com a folha de pagamento, a Copasa economizou cerca de R$ 200 milhões por ano, o suficiente não somente para cobrir rombos, mas para garantir investimentos essenciais. A obra de captação do rio Paraopeba, por exemplo, custou R$ 128 milhões.

Banco de Sucessão. A Copasa implementou um programa que capacita funcionários de carreira, concursados, para ocupar cargos de confiança. Além da valorização, o objetivo é priorizar a competência técnica. Para participar, os candidatos passam por seleção e, depois, recebem treinamento.

Reconhecimento. O programa de formação de líderes rendeu à Copasa o prêmio Ser Humano 2018, concedido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).

Tecnologia. A Copasa ainda investiu em um moderno centro de treinamento de 1.200 m².

Reposição de carros acontece em 6 horas

Até 2015, a cada dez veículos da Copasa, quatro sempre estavam na oficina. Os gastos com manutenção giravam em torno de R$ 17 milhões por ano. De lá para cá, dentro do programa de reestruturação financeira, a empresa decidiu terceirizar o serviço. Trocou a frota própria por contratos de locação. “Os carros da Copasa tinham, em média, 11,5 anos. Trocamos por veículos com 1,5 ano de uso. Antes da substituição, cerca de 40% deles ficavam na oficina. Hoje, a disponibilidade é de 99%, pois, diante de qualquer defeito ou problema, o contrato prevê reposição em até seis horas na região metropolitana de Belo Horizonte”, explica o diretor financeiro da Copasa, Frederico Delfino.

Segundo ele, a melhora operacional aumentou a eficiência e a qualidade na prestação de serviços. “Os custos com manutenção caíram, e o total de quilômetros percorridos cresceu de 43 mil para 49,5 mil”, compara.

OTempo

 

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