O Palácio do Planalto confirmou na noite desta quarta-feira, 3, que excepcionalmente o horário de verão só terá início este ano à zero hora do dia 18 de novembro, quando os relógios serão adiantados em uma hora.
É a segunda mudança de data. A primeira foi por causa do segundo turno das eleições. Agora, a alteração atende ao Ministério da Educação (MEC), considerando a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dois primeiros domingos de novembro (4 e 11).
Com o fim do horário de verão mantido para 16 de fevereiro (quando o relógio deverá ser atrasado em uma hora), o horário de verão 2018-2019 terá 91 dias de duração, 35 a menos do que em 2017-2018. No ano passado, o governo Michel Temer chegou a cogitar acabar com a mudança, que atinge sobretudo o Sudeste.
No dia 26 de setembro, o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, solicitou formalmente ao presidente Michel Temer que adiasse o início do horário de verão. O MEC temia que candidatos pudessem perder o exame, caso ocorresse no mesmo dia da mudança dos relógios. Outra dificuldade seria a logística necessária para a aplicação da prova no Norte do País, onde alguns municípios ficariam com até três horas de atraso em relação ao horário de Brasília - que define início e término do exame.
Um decreto do dia 15 de dezembro do ano passado definiu o início do horário de verão para o primeiro domingo de novembro. Antes do decreto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia solicitado que a mudança não coincidisse com o segundo turno das eleições deste ano, marcado para 28 de outubro. A mudança normalmente ocorre em outubro. Só que isso levaria o segundo turno a ter apurações com horários diferentes em alguns Estados que não adotam a medida.
Como será o Enem
O Enem será aplicado nos dias 4 e 11 de novembro. A aplicação do exame segue o horário de Brasília, onde há horário de verão. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. As provas começam a ser feitas às 13h30.
“Temos situações de mudança de horário que podem acarretar prejuízo para os alunos da Região Norte, que ficam com fuso horário de três horas de diferença, o que dificulta ainda mais a alimentação e outras coisas”, ressalta o ministro da Educação.
“Tenho certeza que ele [Temer] terá um olhar especial para que os alunos tenham mais tranquilidade para fazer a prova. É uma prova sempre que traz muita tensão para o estudante”.
Caso o pedido não seja acatado, o horário de verão começará à 0h do dia 4 de novembro e terminará em 16 de fevereiro de 2019.
Durante o período, os relógios serão adiantados em uma hora nos municípios dos estados de Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul , Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.
Enem
Neste ano, 5,5 milhões de pessoas em todo o país farão o Enem.
O exame seleciona os estudantes para vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e vagas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
No primeiro dia do exame, no dia 4, serão aplicadas as provas de linguagens, ciências humanas e redação. A aplicação terá 5h30 de duração. No segundo dia, dia 11, haverá provas de ciências da natureza e matemática. Os estudantes terão cinco horas para resolver as questões. (Com Agência Brasil)
Por Estadão Conteúdo / OTempo
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