No auge, são entre 40 e 80 meteoros por hora iluminando o céu noturno. A chuva de meteoros Perseidas pode ser vista todos os anos em agosto quando a Terra passa por um trecho de sua órbita que cruza com um conjunto de detritos do cometa Swift-Tuttle, soltos no espaço.
Ao entrar na atmosfera, os detritos, formados por pequenas rochas, sofrem atrito e entram em combustão, formando fracos fachos de luz que podem ser vistos da superfície.
As Perseidas são visíveis da Terra há pelo menos 2 mil anos – o primeiro registro da chuva de meteoros foi feito no ano 36 d.C., na China, segundo o astrônomo Bill Cooke, da Nasa (a agência especial americana).
O nome do fenômeno faz referência à constelação de Perseu já que a chuva de meteoritos é visível próxima a esse conjunto de astros.
Segundo a Nasa (a agência espacial americana), as Perseidas serão a melhor oportunidade de ver meteoros neste ano.
Os meteoros das Perseidas costumam ficar visíveis entre o fim de julho e as primeiras semanas de agosto, mas o pico – quando há um maior número de estrelas cadentes visíveis – poderá ser observado na madrugada do dia 12 para o dia 13 de agosto.
Neste ano, o auge do fenômeno será durante a lua nova. "Isso facilita a observação, já que a noite fica fica mais escura", explica o astrônomo Enos Picazzio, professor do Instituto de Astronomia e Geofísica da USP (Universidade de São Paulo).
O astrônomo explica que é preciso um céu limpo, sem nuvens, para conseguir ver o fenômeno.
Em lugares com muita poluição luminosa – como grandes cidades, por exemplo – a observação é mais difícil.
No Brasil, os melhores lugares para a observação das Perseidas são nas regiões norte e nordeste, locais onde a constelação de Perseu pode ser vista mais alto no céu.
Em outras parte do do país, é possível observar o fenômeno mais próximo à linha do horizonte.
O primeiro passo, segundo Picazzio, é localizar a constelação de Perseu.
Na madrugada do dia 12 para o dia 13, essa constelação deve começar a aparecer no céu no horizonte norte por volta das 2h da manhã, em Macapá e Salvador.
Picazzio explica que, se o observador estiver no sudeste e centro-oeste, os melhores horários para observação serão mais tarde: a partir das 3h em Brasília, a partir das 5h em São Paulo.
Na região sul deverá ser mais difícil de observar o fenômeno, já que Perseu estará no céu mais próximo do horário do nascer do sol: a partir das 6h em Porto Alegre, por exemplo.
A constelação de Órion, onde ficam as conhecidas Três Marias, pode ser um ponto de referência. Ao localizá-las no céu, olhe para o norte e verá as constelações de Touro e depois a de Perseu, onde, com sorte e um tempo bom, será possível ver diversos meteoros caindo.
"É preciso olhar diretamente para a região da constelação e ter um pouco de paciência", diz Picazzio. Não é preciso ter um telescópio para ver as "estrelas cadentes", mas ter um binóculo ajuda, explica ele.
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