Minas Gerais foi o estado que mais gerou empregos em junho de 2018, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Belo Horizonte foi a capital com maior saldo entre demissões e admissões no país. Estes dados estão na contramão do observado este mês no Brasil.
A economia fechou 661 vagas formais em todo o país. Foi o primeiro resultado negativo para um mês de 2018. Mas a criação de vagas já vinha desacelerando. Em maio, foram criadas 37.889 vagas, uma redução na comparação com as 124.911 em abril.
Com a frustração das expectativas para a economia e o desemprego ainda alto, a desaceleração do ritmo de contratações tem levado economistas a revisarem para baixo o número de vagas com carteira assinada previstas para este ano.
A estimativa inicial era de até 1 milhão de novos postos de trabalho em 2018. Nas novas projeções de cinco consultorias ouvidas pelo G1, o número foi cortado para menos da metade, e agora está na faixa entre 350 mil e 452 mil.
Já em Minas Gerais, a diferença entre as contratações e desligamentos no estado ficou com o saldo positivo de 12.143 vagas. Na capital, o saldo positivo foi de 811 vagas. A construção civil foi a responsável pelo maior número de contratações, assim como o setor de serviços, com a função de telemarketing.
“Estou muito feliz, estou agradecido à empresa que me deu a oportunidade de estar trabalhando, estou aproveitando o máximo e estou dando o máximo de mim para estar continuando com eles aqui”, disse o carpinteiro Edmilson Gomes da Silva que conseguiu um emprego novo após sete meses de busca.
Porém, os números devem ser observados com cautela. “Por mais que tenhamos esses aspectos positivos ocorrendo, atividade econômica vem respondendo de forma positiva – porém, bastante lenta -, é preciso um acompanhamento com maior cuidado, uma vez que essa evolução não está se dando de uma forma de que se tinha uma expectativa no início do ano”, disse o economista da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio), Guilherme Almeida.
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