O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou a cobrar a devolução dos valores recebidos por segurados com a “desaposentação”. Algumas pessoas conseguiram barrar a cobrança, mas outras já voltaram a receber a antiga aposentadoria e tiveram valores descontados. As informações são do portal G1.
Barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016, a desaposentação foi um direito reconhecido por alguns tribunais que melhorava o valor do benefício de pessoas que continuaram contribuindo com a Previdência Social mesmo após a aposentadoria. Na época, cerca de 182 mil processos que não haviam sido julgados perderam o direito ao novo benefício. Com a decisão, o governo calculou que iria economizar R$ 7,7 bilhões por ano em despesas.
Cobranças
Mesmo ganhando a ação no STF, o governo diz que desaposentação gerou gastos porque parte dos segurados já estava recebendo o reajuste por sentenças definitivas ou pela chamada tutela antecipada.
O Supremo não definiu se quem já recebeu os reajustes terá que devolver o dinheiro, mas enquanto isso, permitiu que a cobrança fosse questionada por embargos de declaração.
Com isso, a Advocacia Geral da União (AGU), que representa o INSS, entrou com recursos para pedir o ressarcimento dos que receberam o benefício reajustado. De acordo com a AGU, uma portaria conjunta da Procuradoria-Geral Federal e do INSS permite cobrar os valores recebidos pela tutela antecipada.
Recursos
Segundo a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Adriane Bramante, ouvida pelo G1, quem recebeu a cobrança do INSS deve procurar um advogado ou um defensor público que cuidou do caso na Justiça para saber a situação está o processo.
Já quem optou por entrar com uma ação sem advogado precisará de um representante caso queira recorrer.
Segundo Adriane, dependendo da fase da ação, não cabe mais recurso e o segurado terá que devolver o dinheiro.
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