O setor guseiro de Sete Lagoas vem sentindo muito com a instabilidade da economia do País. A equipe de jornalismo do megacidade.com esteve entrevistando o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Sete Lagoas Ernane Dias em busca de dados sobre a realidade atual do setor na cidade.
Das 23 siderúrgicas instaladas em Sete Lagoas, somente nove estão em pleno funcionamento, Sidermim, Gerdal, Tecnosider, Bandeirantes,AVG, IFG, Plantar, Metalsete e Barão de Mauá. Cada forno em operação gera em média 140 empregos diretos. A siderúrgica Noroeste que estava com suas atividades paralisadas, deve voltar agora no mês de abril, 100 novos trabalhadores foram contratados para reativar o forno.
A tonelada de ferro gusa está sendo comercializado em média por 300 dólares, pouco mais de mil reais, o preço da tonelada teve um acréscimo, antes estavam sendo comercializado á 225 dólares em média R$800,00 reais.
Quando está em alta com as 23 siderúrgicas em operação, a geração de empregos no setor guseiro superam 5.500 empregos diretos, hoje com somente 9 siderúrgicas em operação, gera somente 2000 empregos na cidade.
As demandas de homologações do Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas estão aumentando a cada dia, de janeiro até o mês de março de 2016, foram 947 demitidos no setor.
Iveco
Segundo Ernane dias, a situação da multinacional Iveco também é muito preocupante. Com a queda drástica nas vendas de caminhões e principalmente da Ducato, linha principal da montadora, a empresa vem realizando ações no intuito de evitar demissões diminuindo o horário de trabalho, dando folgas e férias para os trabalhadores.
Cerca de 100 trabalhadores da linha dos blindados Defensor que estavam aguardando em casa enquadrados no “Lay off”, já voltaram trabalhar na montadora mesmo sem o repasse do Governo Federal. Os trabalhadores foram altamente qualificados pela Iveco para a fabricação dos tanques de guerra.
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