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Gasolina aumenta outra vez

Preço da gasolina sobe 1,80% e o do diesel, 0,95% nas refinarias; nos postos, valor é o maior do ano

18/05/2018 às 11h48
Por: Redação
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P-74 parte do estaleiro EBR rumo ao campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos - Foto: Alaor Filho
P-74 parte do estaleiro EBR rumo ao campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos - Foto: Alaor Filho

A Petrobras anunciou nessa quinta-feira (17) o quarto reajuste de preços da gasolina e do diesel comercializados nas refinarias nesta semana. Segundo a empresa, o preço do diesel A passará de R$ 2,3082 nessa quinta-feira para R$ 2,3302 nesta sexta-feira (18) – o que significa uma alta de 0,95%. Já o preço da gasolina A nas refinarias passará de R$ 2,0046 nessa quinta-feira para R$ 2,0407 o litro nesta sexta-feira, o que representa um aumento de 1,80%. Na véspera, a Petrobras já havia elevado em 1,82% o preço da gasolina e 1,76% o do diesel.

A escalada nos preços acontece em meio à disparada nos preços internacionais do petróleo. A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente. A decisão de repassar o aumento do valor da combustível cobrado pela Petrobras para o consumidor final é dos postos de combustível.

Nas bombas, o valor médio da gasolina subiu em 19 Estados na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na média nacional, o preço médio do litro subiu 0,76% na passagem de uma semana para outra, de R$ 4,225 para R$ 4,257 – nova máxima do ano. Em Minas Gerais houve leve queda, mas o preço está acima da média nacional: passou de R$ 4,502 para R$ 4,498.

Acima de 50%. Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias já subiu 55,28% e o do diesel, 56,55%, segundo o “Valor Online”. Com o novo aumento, a gasolina vendida ao consumidor final acumula alta de 3,85% desde o início do ano, e 21,28% desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços.

Com essa disparada, quem está perdendo são os postos. Representante dos donos de postos de combustíveis de todo País, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) defendeu o fim da oscilação dos preços para o consumidor final. Em nota divulgada nesta semana, a entidade argumenta que, por causa da política da Petrobras, de reajustes diários nas refinarias, “muitos postos estão perdendo fôlego financeiro e não conseguem sobreviver neste cenário”.

Como solução, propõe a revisão dos tributos que incidem sobre os combustíveis (veja quais são AQUI). A Fecombustíveis defende a uniformização das alíquotas de ICMS nos diferentes Estados e o retorno da utilização da Cide como amortecedor das oscilações de preços, como era adotado no passado. A ideia é que altas do petróleo sejam compensadas por baixas do tributo. 
(Com agências)

BH terá litro por R$ 2,281

Na próxima quinta-feira, dia 24, no Dia da Liberdade de Impostos, o consumidor poderá abastecer com a gasolina a R$ 2,281 o litro, no posto Pica Pau (av. Contorno, 10.325). O valor corresponde ao desconto de 47,96% dos tributos incidentes no produto. O motorista vai pagar R$ 80 pelo volume que custaria normalmente R$ 153,72.

Petróleo a US$ 80 vai aos níveis de 2014

O barril de petróleo do tipo Brent superou a barreira de US$ 80 nessa quinta-feira (17), uma cotação que não era registrada desde novembro de 2014, em um mercado tenso pela incerteza a respeito da produção do Irã e da Venezuela. Já o barril de “light sweet crude” (WTI) para entrega em junho era negociado a US$ 71,90, alta de 41 centavos na comparação com a véspera.

O CEO da petroleira francesa Total, Patrick Pouyanné, disse que não ficaria surpreso de ver um barril a US$ 100 “nos próximos meses”, enquanto a presença de seu grupo no Irã se torna cada vez mais incerta. “Existe uma forte demanda, a Opep e a Rússia aplicam suas políticas efetivamente, e ainda há o anúncio do Irã, que empurram o preço para cima”, afirmou.

Para Jasper Lawler, analista do London Capital Group, a progressão é “impressionante”. Além das tensões políticas, a alta mundial dos preços ainda é estimulada pelo anúncio de uma queda das reservas norte-americanas de petróleo e uma redução grande dos estoques de gasolina.

OTempo

 

 

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