Os jogos da final do Campeonato Mineiro entre Cruzeiro e Atlético podem ter o uso do árbitro de vídeo. Em entrevista exclusiva à Itatiaia, o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF), Giuliano Bozzano, revelou que recebeu nesta segunda-feira um pedido do clube celeste para a utilização da tecnologia na decisão do Estadual.
Bozzano afirmou que conversou com o presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Sérgio Corrêa, que pediu um tempo para dar a resposta. O dirigente da CBF está na Inglaterra justamente para uma reunião na International Football Association Board (IFAB), órgão que cuida das regras do futebol e que aprovou o uso do árbitro de vídeo no início deste mês.
“O pedido foi feito pelo Cruzeiro. Não há nenhum problema, eu mesmo sou a favor. O árbitro de vídeo demorou, o quanto antes melhor. A gente já recebeu (o pedido) e hoje mesmo encaminhei. Falei com o Sérgio Corrêa (Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF), que está em Londres. Ele está em reunião na IFAB e me disse que dá a resposta assim que possível”, declarou Giuliano Bozzano.
“Lógico que é não algo tão simples, envolve autorização da Fifa, treinamento, câmeras, quem vai cuidar disso (da operação das câmeras), se há uma licitação ou não. É algo gigantesco. Vamos ver o que pode ser feito, até porque seria ótimo que a gente tivesse o auxílio do vídeo, ainda mais em uma final desse porte”, completou.
O presidente da Comissão de Arbitragem da FMF disse ainda que não há um prazo para definir se a final do Campeonato Mineiro terá árbitro de vídeo. Os jogos estão marcados para os dias 1º e 8 de abril.
Segundo Bozzano, não dá para saber qual serão os gastos de Atlético e Cruzeiro para a utilização do árbitro de vídeo nos jogos da final do Mineiro, mas que os valores são pequenos considerando a arrecadação dos clubes.
“Participo de muitas reuniões na CBF, ouço que é em torno de R$ 50 mil a R$ 100 mil por jogo. Mas isso pode ser variável, dependendo do contrato. São tantas variáveis que eu não consigo cravar um valor. Mas perto da dimensão e do valor que o futebol gera, são cifras milionárias, o árbitro de vídeo seria uma porcentagem mínima que os clubes teriam que investir”, finalizou.
Por Fábio Rocha / Fabrício Calazans - Itatiaia
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