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Flórida aumenta idade para comprar armas, mas libera uso por professores

Massacre na escola de Parkland levou senadores da Flórida a reverem lei estadual sobre venda de armas.

12/03/2018 às 11h02
Por: Redação Fonte: O Globo
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Flórida aumenta idade para comprar armas, mas libera uso por professores

TALLAHASSEE, EUA — O governador da Flórida, Rick Scott, assinou nesta sexta-feira uma lei que impõe maior controle para a venda de armas no estado e estipula que alguns professores poderão ser armados nas escolas, provocando uma reação legal do principal grupo lobista pró-armas dos EUA. O projeto teve apoio das famílias das vítimas do tiroteio que, recentemente, deixou 17 mortos em Parkland. Até hoje, não estava claro se Scott aprovaria a medida, que já havia passado pelo Legislativo estadual depois de quase três semanas de um reaquecido debate sobre o controle de armas.

A legislação eleva de 18 para 21 anos a idade mínima para comprar armas e disponibiliza US$ 400 milhões para melhorar a segurança nas escolas e investir em tratamentos de saúde mental. Além disso, prevê um programa de voluntários que permitira a alguns funcionários das escolas portar armas e professores — estes, desde que sejam militares ou tenham experiência como agentes de segurança.

Grupo que comanda o lobby pelas armas nos EUA, a Associação Nacional do Rifle (NRA) anunciou que entrou com um processo federal logo após a promulgação da lei, afirmando ser ilegal a decisão de aumentar a idade mínima de compra das armas para 21 anos e aumentar controles.

— Este projeto de lei punirá os donos de armas que cumprem com a lei por causa dos atos criminosos de um indivíduo perturbado — criticou o diretor executivo do Instituto da NRA para Ação Legislativa, Chris W. Cox. — Dar segurança a nossas escolas e proteger os direitos constitucionais dos americanos não se excluem mutuamente.

Originalmente, o governador da Flórida havia apoiado as restrições à venda de armas e o reforço dos programas de saíde mental, mas não a permissão de porte de armas para funcionários. No entanto, justificou a mudança de posição — desafiando a NRA — com o fato de que os delegados e conselhos populares, que serão os responsáveis por decidir se as escolas poderão ou não ter funcionários armas, são escolhidos pelos eleitores.

— Meu foco está na aplicação da lei. Eles são treinados para isso — disse Scott a jornalistas. — Acredito que os professores deveriam ensinar. Ao invés de proibir armas específicas, temos que proibir pessoas específicas de comprar armas.

Um comitê da Câmara dos Deputados dos EUA aprovou uma legislação semelhante na semana passada, incluindo uma cláusula que permite aos xerifes criar programas voluntários para empossar funcionários de escolas como "delegados" armados, contanto que sujeitos à aprovação do distrito escolar e a um treinamento especial. O presidente Donald Trump expressou apoio ao controverso plano, também defendido pela NRA.

 

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