Sem encomendas para 2017, a Caterpillar, fabricante de locomotivas instalada em Sete Lagoas, na região central do Estado, já olha para o futuro com preocupação. A planta mineira já reduziu o quadro de pessoal. Embora os números de demissões não tenham sido revelados, opera atualmente com carga “razoável”, fabricando locomotivas negociadas antes de dezembro do ano passado.
Desde então, como rever o diretor-geral da Progress Rail Service (PRS) do Brasil, o braço do Setor Ferroviário da Caterpillar, Carlos Roso, não houve pedidos e novos negócios não foram fechados. “Do final de 2015 até agora não existem novas encomendas. Nos últimos meses não aconteceu nada em termos de vendas. Existem discussões, mas está difícil vender locomotivas a situação atual do país e do setor”, lamenta.
Embora não detalha os números, Roso conta que a produção da planta Mineiro em 2015 foi o dobro do ano anterior. Atualmente, segundo ele, a unidade opera de forma “satisfatória”, mas não estão entrando novos pedidos. A situação preocupa porque o ciclo de fabricação das locomotivas é longo e o prazo para encomendas de máquinas para 2017 Já passou.
“A situação agravou. Estamos vivendo em um momento difícil no país e a situação política prejudica ainda mais nos negócios do setor. Estamos operando com a carga razoável, resultado de vendas feitas anteriormente. A preocupação fica para 2017 porque não há novos pedidos”,destaca.
Roso revelou que “houve uma pequena queda no quadro de pessoal, mas a Caterpillar está tentando manter o efetivo”. “Fizemos adequações, mas não em volume elevado, mesmo porque os nossos colaboradores já são treinados”, completa. O diretor da empresa, no entanto, não revelou números.
As transações estavam concentradas basicamente na América Latina logística(ALL), MRS logística e Ferroviária centro-atlântica (FSA). A LLA, por exemplo, que detém a maior malha Ferroviária do País, anunciou a fusão com a Rumo logística (do grupo Cosan ),uma proposta de investimentos de R$7.4 bilhões, sendo que R$4.6 bilhões estariam condicionados a extensão contratual das concessões.
Conforme já informado pela empresa, a planta de Sete Lagoas foi montada para atender a América do Sul e o Brasil, sendo que o País representa cerca de 80% desse mercado. Atualmente, as locomotivas fabricadas na unidade saem das Linhas com a média de 60% de conteúdo nacional.
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