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Esportes Prêmio recorde

Copa do Brasil ganha outro patamar

Disputa, que começa na terça-feira (30), vai pagar R$ 50 milhões ao campeão; título do Brasileirão vale R$ 18 milhões

29/01/2018 às 10h34 Atualizada em 29/01/2018 às 10h39
Por: Redação
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Novo contrato com a televisão propiciou o salto de R$ 6 milhões para R$ 50 milhões - Foto: Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação
Novo contrato com a televisão propiciou o salto de R$ 6 milhões para R$ 50 milhões - Foto: Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação

Quando o capitão Henrique, do Cruzeiro, levantou o troféu da Copa do Brasil no dia 27 de setembro do ano passado, R$ 6 milhões de premiação engordaram os cofres do clube do Barro Preto. Quem repetir o gesto nesta temporada, vai embolsar uma quantia mais de oito vezes maior. Os R$ 50 milhões que serão entregues ao campeão fizeram a competição ganhar outra dimensão nesta temporada, deixando de ser tratada, na maioria das vezes, como o caminho mais curto para a Libertadores. Somadas todas as fases, o campeão atingirá cifras de R$ 68 milhões.

A quantia é tão significativa que faz a Copa do Brasil “brigar” com o Campeonato Brasileiro pelo título de competição mais importante do país. Para se ter uma ideia, em 2017, o Corinthians, campeão brasileiro, recebeu R$ 18 milhões de premiação, quase três vezes menos do que vai pagar a disputa por mata-mata. “O aumento foi possível a partir do entendimento da CBF de que a Copa do Brasil é uma competição de grande potencial financeiro e desportivo. Foram meses de negociação, mas, para satisfação nossa e dos clubes, ela foi exitosa e nos permite investir mais de R$ 300 milhões neste ano entre despesas, cotas de participação e premiação aos vencedores”, disse o diretor executivo de gestão da CBF, Rogério Caboclo.

Se a bolada faz brilhar os olhos de dirigentes e jogadores de clubes como Atlético, campeão em 2014, e Cruzeiro, campeão em 2017, imagine das pequenas equipes. “Nossa, é até difícil imaginar. Melhoraria muito a nossa situação. Daria para a gente construir um centro de treinamento, oferecer mais estrutura para jogadores e comissão técnica. Montar um time mais competitivo. Seria um sonho”, diz Mauro Rodrigues, gerente de futebol do Cordino Esporte Clube, time da cidade de Barra do Corda, a 600 km de São Luís, no Maranhão, que participa pela primeira vez da Copa do Brasil.

Empenho. Vice-campeão estadual de 2017, o Cordino tem orçamento anual que gira entre R$ 800 mil e R$ 900 mil. O gasto mensal com a folha de pagamento de jogadores e comissão técnica não passa de R$ 120 mil. Apesar de saber que colocar os R$ 50 milhões no bolso será tão difícil como acertar os números da Mega-Sena acumulada, Mauro promete, pelo menos, muito empenho. “É uma coisa nova para a gente. A torcida está nos apoiando muito. Vamos oferecer um bicho especial para os jogadores. O que podemos garantir é muita garra, muita força de vontade”, diz o dirigente da equipe que estreará contra o Náutico na quarta-feira. 

Premiação menor não vai desvalorizar o Brasileirão

O zagueiro Léo Silva foi campeão da Copa do Brasil com o Atlético em 2014. O lateral-direito Edilson, do Cruzeiro, levantou a taça com o Grêmio na temporada passada. Os dois jogadores dos times rivais compartilham as mesmas ideias. Tanto para Léo Silva quanto para Edilson, o aumento na premiação da Copa do Brasil não vai tirar o brilho do Brasileirão.

“O dinheiro não vai desvalorizar nenhuma competição. O Brasileiro sempre foi uma competição muito valorizada. E isso, daqui a pouco, estará ajustado da melhor maneira”, explica o defensor do Galo. Para Edilson, só o fato de vestir a camisa de um time de ponta é motivo para empenho. “Tenho certeza de que quem estiver representando o Cruzeiro entrará forte, independentemente da competição que formos disputar”, diz. Técnico do América, Enderson Moreira é outro que compactua com o mesmo pensamento. “O América não vai abrir mão de nenhuma competição. Vamos tentar ir bem nas duas”, diz ele.

Para o diretor executivo de Gestão da CBF, Rogério Caboclo, a entidade quer é valorizar todas as suas competições. “Queremos que todas as competições sejam fortes e rentáveis. A prioridade é uma decisão dos clubes. A vontade da CBF é oferecer a eles um calendário atrativo, que traga grande retorno financeiro e desportivo aos clubes”, diz ele.

A bola vai rolar

Estreia. O Boa será o primeiro mineiro em campo. Enfrenta o Vitória da Conquista na terça-feira (30) fora de casa, às 20h. Na quarta, a Caldense pega o Fluminense, e o Uberlândia, o Ituano. A URT joga quinta contra o Paraná, e o Atlético só entra em campo no dia 7, quando pega o Atlético-AC.

Oitavas. Onze times entram direto nas oitavas: Cruzeiro, Palmeiras, Grêmio, Santos, Corinthians, Flamengo, Vasco e Chapecoense (na Libertadores); Bahia (campeão da Copa do Nordeste 2017); Luverdense (campeão da Copa Verde 2017); e América-MG (campeão da Série B).

Por Gláucio Castro - OTempo

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